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Domingo, 04 de agosto de 2024

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Há quase 300 minutos sem marcar, Fla empata com o Avaí e é vaiado

Josiel lamenta outro gol perdidoO grito segue entalado. Há mais de três partidas, 288 minutos ou mais precisamente desde os 27 do segundo tempo da vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza pela Copa do Brasil, a torcida do Flamengo não sabe o que é gritar gol. Neste sábado, o jejum teve continuidade contra o Avaí, pela segunda rodada do Brasileirão, no Maracanã, e o empate por 0 a 0 só foi possível graças a uma série de defesas de Bruno no fim do segundo tempo.


Com o resultado, o Flamengo conquistou o primeiro ponto na competição e está na décima-sexta posição. Enquanto isso, o Avaí segue invicto no retorno à primeira divisão, com dois empates, que o colocam em sétimo.

Na próxima rodada o Flamengo encara o Santo André pela primeira vez desde a fatídica decisão da Copa do Brasil, em 2004. O reencontro está marcado para domingo, às 18h30m, no estádio Bruno José Daniel, no ABC Paulista. Já o Avaí, no mesmo dia e no mesmo horário, recebe o Coritiba, na Ressacada, em Florianópolis.

A seca de gols não se transformou em ansiedade nos minutos iniciais. Sem marcar há duas partidas, o Flamengo começou sem pressa e tocando a bola de um lado para o outro. Com o Avaí quase todo atrás da linha da bola, os rubro-negros mostravam paciência, que acabou se transformando em marasmo e quase foi punida aos três e aos quatro minutos.

Primeiro, Kleberson perdeu a bola no meio-campo, e Muriqui avançou em velocidade. O ex-vascaíno cortou para o meio na entrada da área e chutou em cima da zaga. Logo depois foi a vez de Léo Moura errar o passe e proporcionar o contra-ataque. William tentou a jogada pela esquerda, mas foi desarmado por Aírton.

Sem conseguir entrar na área, o Flamengo concluiu pela primeira vez, com Toró, aos oito, em chute sem direção. No minuto seguinte, Ferdinando respondeu da mesma forma e obrigou Bruno a fazer boa defesa. A partida ganhou dinamismo e, no lance seguinte, o Rubro-Negro assustou: Léo Moura cruzou no segundo pau, a zaga afastou mal, Juan escorou, e Josiel emendou de canela para fora.

Foram três minutos de ilusão e novamente a partida ficou truncada. Com muitos passes errados, o Flamengo tropeçava nas próprias pernas. Aos 18, Ibson e Juan tabelaram pela direita, e o lateral serviu Everton, que girou para cima da zaga e chutou fraquinho.

Seis minutos depois, duas boas oportunidades em sequência. Josiel avançou pela ponta e serviu Ibson, que chutou forte. A bola desviou na zaga e saiu pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio, o camisa 9 se antecipou a Eduardo Martini e cabeceou por cima do gol.

Diante da inoperância do ataque do Flamengo nos últimos jogos, Josiel ao menos era participativo e aos 34 fez o papel de pivô. Ele rolou para Léo Moura invadir a área e arriscar de primeira. André Turatto fez o corte. Poucos depois, duas boas chances desperdiçadas pelos cariocas. Aos 37, Bruno ficou com a bola após escanteio e lançou Juan com rapidez. O lateral-esquerdo tocou de primeira para Everton, que achou Ibson na área. O volante driblou o zagueiro e chutou de canhota. Eduardo Martini fez a defesa e no rebote Everton serviu Juan, que escorou para fora.

Distante da boa atuação na partida contra o Inter, o Flamengo ao menos pressionava, mas o gol seguia teimando em não sair. Aos 44, Léo Moura cobrou falta com perfeição, e a bola explodiu no travessão. No minuto seguinte, Toró deu bom passe para Josiel. O atacante deixou Turatto caído e emendou para a defesa de Eduardo Martini.

Foi o último lance do primeiro tempo encerrado sob vaias dos rubro-negros.

- Pô, a bola não entra. Impressionante – lamentou Léo Moura antes de descer para o vestiário.

Filme repetido: ataque não faz, e Bruno salva no fim

O panorama continuou o mesmo na segunda etapa: o Flamengo se mandava para o ataque, e o Avaí raramente se aventurava na frente. Numa dessas tentativas dos catarinenses, porém, Bruno trabalhou forte. Aos quatro, Muriqui bateu no canto direito, e o goleiro defendeu bem.

Aos cinco, Josiel desperdiçou grande chance. Kleberson serviu o atacante, que invadiu a área e isolou. Cinco minutos depois Willians resolveu arriscar. Ele cortou para dentro, para fora, e bateu em cima do zagueiro. No contra-ataque, o Avaí levava perigo. Aos 12, Evando recebeu na área, foi calçado por Willians e caiu. Pênalti que o árbitro não deu.

No lado rubro-negro, seguia a “inhaca” do ataque e principalmente de Josiel. O atacante tentava de todas as formas e não era feliz. Aos 15, mergulhou de cabeça e jogou por cima do gol. Quatro minutos depois, polêmica. Erick Flores tentou o cruzamento, e Uendel cortou com o braço. Pênalti não marcado pela arbitragem.

Aos 21, Josiel teve sua última oportunidade. Juan levantou a bola no segundo pau, o camisa 9 chutou de canhota, e Eduardo Martini fez boa defesa. Logo depois o atacante foi substituído, sob vaias, por Alex Cruz, contratado recentemente do Ivinhema-MS.

A tranquilidade na defesa fazia o Avaí passar a acreditar na vitória e por pouco o gol não saiu aos 28. Em ato irresponsável de Bruno, que se enrolou ao driblar Evando, Lima recebeu um presente no bico da área, mas chutou mal para o goleiro se recuperar e fazer a defesa.

O camisa 1 rubro-negro mais uma vez apareceu bem aos 39. Lima chutou cruzado com força e Bruno salvou no cantinho. O camisa 1 rubro-negro mais uma vez apareceu bem aos 39. Lima chutou cruzado com força e Bruno salvou no cantinho. E o duelo do goleiro com o atacante catarinense não parou por aí. Aos 42 a última tentativa, e Bruno mais uma vez levou a melhor.

Foi o ato final da partida que encerrou com uma mistura de vaias rubro-negras e festa dos cerca de mil catarinenses que voltaram ao Maracanã para torcer pelo Avaí após 35 anos.
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