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Domingo, 04 de agosto de 2024

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Governo usa poupança para pressionar banco

O governo vai baixar o imposto sobre rendimentos de fundos de investimento, CDBs e Tesouro Direto apenas se constatar que houve migração relevante de dinheiro da poupança para essas aplicações financeiras, segundo entrevista do ministro da Fazenda, Guido Mantega, aos colunistas Vinicius Torres Freire e Guilherme Barros, em reportagem da Folha


Ainda assim, segundo o ministro, o governo vai esperar dos bancos uma redução das taxas de administração dos fundos de investimento, que tornam tais aplicações menos atrativas em relação à caderneta de poupança.

Entenda o que está por trás das mudanças na poupança

Mantega disse também que o governo não vai estudar nenhuma medida a respeito da tributação de fundos de investimento antes de uma nova e eventual redução na meta da taxa básica de juros, a Selic.

Na última quarta-feira (13), o governo anunciou que vai enviar ao Congresso um projeto de lei ou medida provisória que estipula a tributação para aplicações na caderneta de poupança acima de R$ 50 mil. De acordo com a equipe econômica, as aplicações acima de R$ 50 mil representam cerca de 1% das contas na caderneta de poupança.

A tributação da caderneta só valerá para períodos em que a taxa de juros esteja abaixo de 10,50% ao ano. A expectativa do mercado financeiro é que o Banco Central reduza a taxa para 9,5% já no início de junho.

O governo também informou que vai reduzir o IR de fundos de investimentos em 2009. Hoje, essa tributação varia de 22% a 15%, de acordo com o tempo de aplicação. Com isso, essas aplicações devem continuar mais atrativas que a poupança, e os bancos não serão obrigados a reduzir as taxas que cobram dos seus clientes.
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