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Domingo, 04 de agosto de 2024

Notícias | Economia

Bovespa abre em alta, de olho em Petrobras e Sadia

Após o ajuste negativo de 4,65% da semana passada, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o pregão de hoje em alta, ancorada no bom desempenho do mercado acionário internacional e na alta forte dos preços do petróleo. Porém, devido ao vencimento de opções sobre ações nesta segunda-feira, a disputa entre comprados e vendidos deve temperar os negócios na Bolsa, enquanto os investidores acompanham os desdobramentos políticos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e aguardam a qualquer momento o anúncio da união entre Perdigão e Sadia, que dará origem à Brasil Foods.


Por volta das 10h15 (de Brasília), o índice Bovespa subia 0,85%, a 49.422 pontos, após avançar 1,11%, a 49.551 pontos, na máxima do dia até o momento. No mesmo horário, nos Estados Unidos, o índice futuro do Nasdaq 100 avançava 0,63% e o futuro do S&P 500 tinha alta de 0,92%. No mercado de matérias-primas (commodities), o contrato futuro do petróleo tipo WTI com vencimento em junho subia quase 4%, acima de US$ 58 o barril.


A alta do petróleo em Nova York e das principais bolsas internacionais devem puxar para cima as ações da Petrobras, que encerraram a última sexta-feira (dia 15) em baixa, pressionadas em boa medida pelo "efeito CPI". Segundo analistas, o mercado agora está de olho na evolução dessa CPI, que não deve trazer novidades no curtíssimo prazo. Na expectativa de esvaziar a CPI, o governo espera convencer os líderes a ouvirem o depoimento do presidente da petrolífera estatal, José Sérgio Gabrielli, antes de iniciarem as investigações. O PSDB não se opõe a ouvir a Petrobras, mas os seus líderes disseram ontem que o depoimento do presidente da empresa não será "moeda de troca" para impedir a instalação da CPI destinada a investigar supostas irregularidades na estatal.


Notícias vindas da China são positivas para o mercado de petróleo. No dia em que o presidente Lula chegou a Pequim, acompanhado de mais de 200 empresários, o governo chinês divulgou os detalhes do plano de estímulo para as indústrias de petróleo e petroquímica, sinalizando aumento da demanda. O país pretende processar 405 milhões de toneladas métricas de petróleo bruto por ano até 2011, equivalente a 8,13 milhões de barris por dia. A meta corresponde a um aumento de 18% em relação à média de 6,87 milhões de barris por dia que as refinarias processaram no ano passado.


No cenário corporativo, o mercado aguarda o anúncio da união entre Perdigão e Sadia e dos detalhes do negócio. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, os principais acionistas das duas empresas resolveram ontem as últimas pendências técnicas para a união das companhias e assinatura do contrato. Segundo uma fonte ligada às negociações, "há 99% de chances" de a fusão ser anunciada ainda hoje. A nova empresa resultante da união foi batizada de Brasil Foods. A operação será feita por meio de uma troca de ações. A ideia é que os papéis da nova empresa tenham liquidez e valorização suficientes para oferecer às famílias Fontana e Furlan, controladoras da Sadia, condições satisfatórias se quiserem sair do negócio. Os acionistas da Perdigão ficarão com 68% da Brasil Foods e os da Sadia com 32%.


As ações de Eletrobrás devem repercutir o balanço divulgado hoje cedo pela estatal, que registrou lucro líquido de R$ 101,328 milhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 87,99% sobre os R$ 841,525 milhões de igual período de 2008.


Ainda no horário citado acima, as ações ordinárias (ON) e preferenciais (PN) da Petrobras caíam 0,15% e 0,26%, enquanto as PN da Sadia subiam 3,39% e as ON da Perdigão tinham alta de 2,63%.
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