O novo vírus da gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1), continua a se espalhar vastamente nos Estados Unidos e deve circular pelo mundo inteiro, informou nesta segunda-feira o chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), Richard Besser.

Em discurso em uma reunião de alto escalão da OMS (Organização Mundial da Saúde), Besser disse que há uma "transmissão muito difundida" nos EUA, apesar de a maioria dos casos não ser grave.

"O surto não acabou", disse.

Segundo o mais recente balanço da OMS, há 4.714 casos de gripe suína registrados nos EUA, incluindo quatro mortes.

"Nossa melhor análise sugere que esse novo vírus H1N1 provavelmente deve circular pelo mundo inteiro, semelhante a outros vírus sazonais de gripe", disse Besser.

Besser deve participar nesta segunda-feira da assembleia anual da OMS, que analisará possibilidade de aumentar o nível de alerta para gripe suína para o máximo, seis, o que indicaria uma pandemia da doença --a primeira do século 21.

Para isso, a organização espera os resultados dos exames sobre possíveis novos focos de transmissão que não estão vinculados a pessoas procedentes do epicentro da doença na América do Norte.

A OMS pediu uma mobilização geral contra o vírus, que pode sofrer uma mutação e se tornar uma cepa mais perigosa.

A organização encurtou de nove para quatro dias a duração da assembleia anual, que chegará ao fim na próxima sexta-feira (23), para que os ministros possam se dedicar a organizar as respostas em seus países no caso de declaração da pandemia.