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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Nova esperança no tratamento da hepatite C

Às vésperas do Dia Mundial das Hepatites, estudo apresenta alternativa eficaz para pacientes que não respondem ao tratamento convencional


Cerca de 20% dos pacientes com hepatite C que não obtiveram respostas com terapias anteriores podem se beneficiar com um novo esquema terapêutico que utiliza a combinação de Pegasys (alfapeginterferona-2a) e ribavirina por 72 semanas. Além disso, pacientes sem o vírus da hepatite C no sangue já no 3º mês desse retratamento com Pegasys tiveram cerca de 60% de chance de curar a doença. É o que mostra o estudo REPEAT, publicado na última edição da revista médica Annals of Internal Medicine.

Cerca de 950 pacientes de países da Europa, América do Norte e América Latina, participaram do REPEAT. O Brasil contribuiu de forma expressiva como um dos centros que mais incluiu pacientes: 25 pessoas do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) fizeram parte do estudo. “Os avanços no tratamento da doença possibilitaram a cura clínica de muitos pacientes. No entanto, grande parte dos portadores necessita de opções terapêuticas. Daí a importância de um estudo como o REPEAT,” explica Carlos Eduardo Brandão, professor que conduziu a pesquisa no Brasil.

Tratamento padrão

A terapia padrão para pacientes com hepatite C é a combinação de um interferon peguilado com ribavirina. Quando o paciente alcança a resposta virológica sustentada, considera-se que ele está curado. Cerca de 50% dos portadores do vírus de genótipo 1, a forma mais difícil de tratar, e 30% dos pacientes com genótipos 2 ou 3 não alcançam essa resposta após a primeira tentativa de tratamento. Daí a proposta de estudos como o REPEAT.

Pegasys foi aprovado em dezembro de 2008 pela Comissão Européia para uso no retratamento da hepatite C, com base nos resultados do estudo REPEAT, recém-publicado. No Brasil, recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a inclusão desse retratamento na bula do produto.

Novas moléculas

Sempre em busca de novas alternativas para o tratamento da hepatite C, a Roche acaba de anunciar os primeiros resultados de uma combinação inovadora de antivirais orais para a doença. As moléculas ainda em teste, o R7227 e o R7128, quando combinadas, promoveram uma considerável redução dos níveis do vírus no sangue já nos primeiros 14 dias de tratamento, sem a administração de interferon.

Os resultados finais dessa terapia servirão para avaliar as chances de cura da combinação. Confirmada essa expectativa, os antivirais orais poderão se tornar uma nova alternativa terapêutica para os portadores da hepatite C, especialmente para aqueles que não reagem ou não toleram o uso das medicações atualmente disponíveis.
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