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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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mercado de etanol

Ministério defende retomada do debate sobre veto à cana de açúcar no Estado

Foto: Reprodução

Ministério defende retomada do debate sobre veto à cana de açúcar no Estado
O Ministério do Meio Ambiente quer ampliar o diálogo entre os diversos setores interessados no que se refere ao plantio da cana de açúcar na Bacia do Alto Paraguai e na bacia Amazônica, que está proibido desde 1999. De acordo com o diretor do Departamento de Zoneamento Territorial do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Adalberto Eberhard, a opinião geral da bancada ruralista e dos setores produtivos a favor do plantio nestas regiões não resume a totalidade dos atores interessados neste tema.


"É preciso aprender a dialogar e ampliar o diálogo entre o setor agricola, ambiental, o legislativo, o executivo e outros setores. Forçar o plantio sem debater não é exercitar a democracia", justificou.

O veto do plantio nestas áreas, estabelecido por meio do decreto presidencial 6.961/1999, foi o assunto debatido nesta terça-feira (08) durante audiência pública da Comissão de Agricultura da Câmara Federal.

Único representante do governo federal a participar do debate e a defender pontualmente o veto, Eberhard lembrou que o decreto foi publicado com base em três argumentos: a redução do impacto ambiental na região Amazônica, a proteção dos biomas Pantanal e a Amazônia; e o risco de reestrição ao etanol brasileiro no exterior.

O diretor descarta que o veto ao plantio em Mato Grosso seja uma questão de reserva de mercado. "A decisão do governo federal foi tomada a partir de um cenário naquela época. Não podemos liberar o plantio apenas para beneficiar os produtores da região. Não foi uma decisão de mercado", frisou.

Para Adalberto Eberhard, é preciso fazer ampliar o diálogo entre os diversos setores para buscar alternativas econômicas e ambientais ao Brasil.

"Temos que ter cuidado com a abertura de novas áreas, sendo que existem milhões de hectares degradados deixados para trás. Existem outras formas de produzir sem destruir o meio ambiente. Temos que pensar em uma forma de remunerar os agricultores pela preservação dos serviços ambientais. Enfim, o assunto não se encerra aqui", conclui.




Atualizada às 10h45
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