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Quinta-feira, 18 de julho de 2024

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Cai o mito sobre o veto à cana em Mato Grosso, alerta Nilson Leitão em comissão

Foto: Assessoria

Cai o mito sobre o veto à cana em Mato Grosso, alerta Nilson Leitão em comissão
O deputado Nilson Leitão classificou como "histórica" a audiência pública realizada nesta terça-feira (08) na Comissão de Agricultura da Câmara Federal em que foi discutida a proibição do plantio de cana de açúcar nas bacias do Alto Paraguai e do Araguaia.


Na avaliação do parlamentar, as manifestações feitas durante o debate serviram para elucidar as incertezas existentes sobre os motivos da publicação, por parte do govern federal, do decreto presidencial número 6.961/1999, que proibiu o cultivo naquelas regiões.

Leitão destaca que a declaração do ex-ministro da Agricultura e atual deputado Reinhold Stephanes (PMDB-PR), de que foi voto vencido durante as discussões dentro do governo para a publicação do decreto não deixaram dúvidas dos reais motivos por trás da proibição.

"O ministro Stephanes disse que nenhum produto brasileiro perde valor comercial no exterior por conta de questões ambientais. Isso foi um mito criado que caiu hoje. Foi uma audiência histórica, pois o assunto ficou em aberto entre produtores e governo. Vamos debater até o fim para defender os interesses do setor produtivo", ponderou.

O congressista fez uma ressalva a respeito de sua defesa. "Não sou produtor de cana de açúcar nem sou financiado pelas usinas. Sou apenas um defensor de quem produz e de quem se deslocou para as novas regiões produtoras para desenvolver o país", avisou.

"Caiu a cortina de fumaça que existia sobre este tema", salientou o diretor executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT).

Para o coordenador do projeto de Melhoramento Genético da Cana de Açúcar da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Antônio Marcos Iaia, ganha corpo a versão de que houve, de fato, um lobby muito forte da indústria da cana de açúcar das regiões Nordeste e Sudeste pela proibição do plantio em Estados como Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso.

Ainda de acordo com o professor, pesou na decisão do governo a imagem estigmatizada que o plantio de cana deixou no passado em relação aos danos ambientais

"Muitas coisas foram ditas, como o avanço da cana sobre outras culturas. Mas o grande problema eram os resíduos que as indústrias e usinas deixavam. Hoje, porém, já existe tecnologia suficiente para reduzir estes impactos no meio ambiente, o que justificaria a expansão para regiões de Mato Grosso que já estão degradadas", ressaltou.




Atualizada às 11h
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