A porta já não é suficiente. Ao andar na região do Bairro Primeiro de Março, entre conjuntos habitacionais como Ilza Therezinha Picolli Pagot, Wantuil de Freitas, Buriti, Jonas Pinheiro etc., é possível ver que os moradores estão colocando uma grade a mais antes da passagem de entrada.

“Colocar um muro é até mais perigoso”, conta um morador que prefere não se identificar. As casas populares da região são entregues sem divisão por muros, o que permite que na medida do possível, um vizinho cuide da casa do outro. “Quando colocam a parede, ninguém vê o ladrão entrando”, argumenta.

Em um dos estabelecimento do local, a rotina de assaltos tem sido expressiva. “Prefiro nem contar quanto prejuízo já tive para não me desesperar”, diz a proprietária de um pequeno mercado da área. “Aqui já foi assaltado três vezes em um ano”, conta. Há seis meses, o local não é invadido por bandidos.

As histórias da violência urbana se multiplicam a cada esquina. “Minha vizinha, aqui do lado, estava estendendo roupas no varal e quando entrou em casa encontrou um rapaz armado mexendo nas coisas dela. Vai fazer o que?”, questiona uma moradora.

Alguns terrenos baldios espalhados na região, onde o mato atinge mais de um metro e meio, funcionam como esconderijo para os ladrões e assaltantes. Grande parte dos moradores tem medo de se identificar para reclamar da violência.

A denúncia da situação no local foi por internautas por meio do Eureporter@olhardireto.com.br. “Todos os dias há notícias de casas invadidas por bandidos, os morados não estão mais aguentando tamanha falta de comprometimento da polícia militar”, diz a queixa

“A situação está insuportável, pessoas estão abandonando casa devido a furtos e roubos que tem ocorrido com frequência na região, antes os bandidos invadiam as casas quando estas estavam vazias, pois os proprietários estão no trabalho, agora eles já estão entrando nas casas e rendendo os morados e fazendo a verdadeira limpeza”, completa

“Os bandidos estão tomando conta, já percebemos que a maioria dos arrombamentos estão ocorrendo durante o dia, geralmente no fim da tarde. Precisamos URGENTEMENTE de patrulhamentos nessa região, pois a tendências das coisas é só piorar, alguns moradores já estão se unindo para fazer justiça com as proprias mãos, já estão se armando e já to vendo a hora em que isso vai virar uma carnificina geral”.