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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Agroflorestas

Grupo Semente se dedica ao ensino do cultivo de Agroflorestas em Chapada dos Guimarães

Como o próprio nome diz, Agrofloresta é a técnica que une produção agrícola com a conservação de florestas, aproveitando ao máximo a biodinâmica da natureza...

Como o próprio nome diz, Agrofloresta é a técnica que une produção agrícola com a conservação de florestas, aproveitando ao máximo a biodinâmica da natureza para a extração dos mais variados tipos de alimentos. O Grupo Semente, em Chapada dos Guimarães, se dedica a ensinar essa técnica inovadora que alia de forma sustentável a conservação com a produção. O grupo é uma das organizações incubadas no Escritório de Inovação Tecnológicas (EIT) da UFMT.


Desde que adquiriu o sítio Jamacá, há 27 anos, Eloir Antônio Bernardon, paranaense de 61 anos, dedica-se a implementar técnicas agroecológicas. Ele regenerou de forma natural uma área de pastagem e hoje tem uma enorme agrofloresta que utiliza para dar cursos e oficinas para os mais diversos públicos.

O resultado de anos de recuperação é a surpresa de quem passa pela estreita estrada de terra que dá acesso à região: a exuberância da mata vai aumentando, até que a paisagem se transforma em algo capaz de surpreender tanto aos que vivem em grandes centros quanto aos que já são acostumados com o cenário rural.

Eloir é membro do Grupo Semente, Organização Não Governamental (ONG) criada em 2004, mas que desde 2010 oferece o curso de Sistemas Agroflorestais (SAF). Lá os alunos tem contato tanto com a parte teórica quanto com a prática e aprendem desde o mais básico dessa técnica criada pelo suíço Ernst Götsch - residente na Bahia e pioneiro na implantação do sistema na caatinga há mais de 30 anos - quanto com processos mais complexos envolvendo sucessões de espécies

Através do curso, a ONG tem a intenção de criar, vivenciar e promover práticas sustentáveis referenciadas na permacultura, contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, equilibrada e solidaria. O último curso aconteceu do dia 28 de Abril a 1º de Maio no sítio Jamacá. Foi uma imersão de quatro dias que contou com aulas práticas e teóricas com profissionais de diversos ramos: engenheiros florestais, agrônomos, engenheiros de alimentos, ambientalistas, pedagogos, agricultores orgânicos e curiosos.

Foi uma oportunidade de trocar experiências e técnicas de plantio de espécies agrícolas e florestais entre os participantes. “A técnica visa acelerar o processo que seria feito pela própria natureza, utilizando a intervenção humana para acrescentar fertilidade a terra, ao invés de extrair suas riquezas, como é feito na agricultura tradicional, tudo isso sem o uso de agrotóxicos, deixando de agredir o meio ambiente e produzindo assim alimentos e madeira de qualidade incontestável”, diz Bernardon.

Uma consequência agradável do plantio é o cardápio oferecido durante os quatro dias: alimentos orgânicos cuidadosamente preparados e que tornam as refeições um espetáculo à parte. Isso sem falar nos banhos de cachoeira nas horas vagas.

“Gostei muito do curso, gente bonita e inteligente, me senti muito à vontade no meio de todos”, diz dona Joana Fernandes, aposentada e agricultora de um assentamento no Pantanal.
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