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Domingo, 21 de julho de 2024

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Após acidente e coma de um mês, jovem retomou a vida e hoje é pai

Foto: (Foto: Arquivo pessoal)

Quase cinco anos após o acidente, Juliano leva uma vida normal com a esposa e a filha de 2 anos

Quase cinco anos após o acidente, Juliano leva uma vida normal com a esposa e a filha de 2 anos

A história do técnico em eletrônica Juliano Macedo, de Jacareí (SP), mostra que é possível acordar do coma depois de um mês após um acidente e retomar a vida normal, sem nenhuma sequela. O exemplo serve de esperança para o cantor Pedro Leonardo, que passa por uma situação semelhante.


Na madrugada de 29 para 30 de setembro de 2007, Juliano pilotava sua moto pela Via Dutra quando sofreu um acidente. Ele só acordaria em 29 de outubro, em um leito de hospital, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Juliano lembra que acordou quando uma enfermeira fazia a higienização em sua boca, e que era um dos horários abertos para visitação. “Meu pai estava no quarto e era aniversário dele. Eu vi o rosto dele, ele começou a chorar e eu também”, contou. A reação seguinte do pai, segundo ele, foi sair pulando pela UTI para comemorar.

Apesar dessa clara memória, o jovem ainda não estava plenamente consciente. O acidente tinha causado fraturas na costela e em uma das pernas, e os médicos temiam que o susto que ele tomaria ao acordar faria com que ele se debatesse – o que seria ruim, pois ele estava muito fragilizado.

Juliano tinha perdido o baço e parte do pulmão e, assim como Pedro, respirava pela traqueostomia – um furo feito no pescoço para facilitar a entrada de ar. Por tudo isso, ele recebia sedativos. Os medicamentos o deixavam grogue e causavam confusão mental, segundo ele.

“Quatro ou cinco dias depois, acabaram as alucinações do sedativo e eu estava plenamente consciente, com a mesma percepção que tenho hoje”, afirmou.

Porém, a recuperação total é um processo mais longo. Depois de um mês sem se mexer, é difícil retomar os movimentos. “A minha parte motora se reduzia a um esforço enorme para mexer a mão”, contou Juliano, que se alimentava por um tubo colocado pela sua garganta.

Depois de acordar, o jovem ainda passou um mês na UTI, e após cinco dias no quarto, teve alta em 5 de dezembro – mais de dois meses depois do acidente. Ele ainda usou muletas até o fim de janeiro e seguiu com a fisioterapia até março.

Contudo, ele prosseguiu seus planos normalmente. Em fevereiro, já estava de volta à faculdade, frequentando as aulas do curso de engenharia mecatrônica – a previsão de formatura é para 2013. Em maio, conseguiu um novo emprego, na empresa em que ainda trabalha até hoje.

O principal projeto viria no ano seguinte. Em outubro de 2009, Juliano se tornou pai, e logo em seguida se casou. Hoje, ele vive normalmente com a esposa e a filha, sem nenhuma sequela do acidente.

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