Medalha de ouro no Campeonato Regional em todas as provas oferecidas pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) na classe, a nadadora do Praia Clube de Uberlândia, Letícia Lucas Ferreira, tem menos de um mês para se preparar para a etapa nacional nos dias 15, 16 e 17 de junho. Essa é a segunda competição no ano e a última chance se encaixar nos critérios IPC para conseguir a vaga nas Paralimpíadas de Londres.
Letícia foi campeã regional nos 50 metros livre, costa e borboleta, nos 100 metros livre e peito e nos 200 livre e medley. Atletas de outros cinco estados e do Distrito Federal disputaram a competição regional entre os dias 18, 19 e 20 de maio, em Brasília.
– Há um bom tempo isso não ocorria comigo. Mesmo assim, a sensação é muito boa. Agora é realizar um treinamento específico para fazer um trabalho legal – disse Letícia
O treinador Alexandre Vieira afirmou que eles sabiam que, pelas condições técnicas da atleta, ela tinha capacidade de trazer medalhas da competição regional.
– Ela pegou índice nas sete provas que é o mais importante. Nem sempre a medalha é fundamental. Às vezes, a pessoa ganha, mas não consegue se credenciar para as etapas nacionais. O objetivo era esse. Sabíamos que poderia ganhar a medalha, mas estávamos atrás dos índices – afirmou.
Além da nadadora de Uberlândia, outras 13 atletas brasileiras tem o índice para disputar a Paralimpíada em Londres. No entanto, só depois de divulgado o número de vagas para o Brasil na competição, as nadadoras brasileiras mais bem colocadas no ranking do Comitê Internacional serão definidas.
Para Letícia, a competição nacional é a chance dela de melhorar no ranking, já que a competição de junho é a última seletiva antes das Paralimpíadas.
– Já tenho dois ou três índices, mas a convocação depende de outros critérios que ainda não me encaixo. A gente sabe que temos condições tanto de conseguir a vaga, quanto de não conseguir – disse a nadadora.
Ao mesmo tempo em que se prepara para o campeonato nacional, Letícia se orgulha das seis medalhas que trouxe de Brasília. Uma delas a nadadora deixou com a avó que, segundo ela, torceu muito.
– Tinha muito tempo que não via minha avó e ela torceu muito por mim. Merecia ganhar uma das minhas medalhas – concluiu Letícia.
