Clérigos muçulmanos na Indonésia querem regular o comportamento dos cidadão na internet, para evitar que a popularização de redes sociais como Orkut e Facebook estimule o "sexo ilícito".
Cerca de 700 clérigos da Indonésia, o maior país muçulmano do mundo, querem proibir o uso de redes sociais para flertes ou outras práticas que, dizem eles, encorajam o adultério.
Segundo a consultoria Inside Facebook, que mede a popularidade dessa rede social, a Indonésia é o país do sudeste asiático que mais cresceu no uso do site em 2008, com um aumento de 645%, chegando a 831 mil usuários. O país tem cerca de 235 milhões de habitantes.
"Os clérigos consideram que é necessário criar uma legislação para o relacionamento virtual, porque esse tipo de relação pode levar à luxúria, o que é proibido pelo Islã", afirma Nabil Haroen, porta-voz da escola islâmica Lirboyo. Para ele, apesar de os habitantes do país ainda poderem acessar a rede social, são necessárias regras para regulamentar a navegação.
O temor é que o site seja usado para conversar "desagradáveis e pornográficas".
"As pessoas geralmente usam o Facebook para se conectar com amigos e familiares ou conhecer mais sobre assuntos locais e mundiais", afirma Debbie Frost, porta-voz do Facebook. "Nós vemos muitas pessoas e organizações usando o Facebook para disseminar conceitos positivos."
Cerca de 4% de todos os usuários do Facebook são da Indonésia --o país só tem menos usuários que Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália.