Ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot descartou a possibilidade de prestar depoimento em uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) paralela no Congresso Nacional, conforme foi cogitado pelo deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) e pelo senador Pedro Taques (PDT-MT).
“Isso [depor em CPI paralela] não existe. Não há a menor possibilidade”, afirmou Pagot em entrevista exclusiva ao
Olhar Direto em Cuiabá.
Na avaliação de Pagot, um depoimento paralelo não seria conveniente porque haverá desdobramentos de quaisquer declarações a serem feitas no Congresso. “Então, só posso falar para uma CPI oficial”, ponderou.
Provocado pela reportagem se estaria disposto a ser submetido a uma nova sabatina, Pagot reforçou que já falou tanto na Câmara quanto no Senado em longos depoimentos. Contudo, enfatiza que só uma convocação da CPI oficial é válida.
Pagot foi um dos alvos da chamada faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff (PT) em meados de julho do ano passado, que também resultou na saída de José Francisco das Neves, o “Juquinha”, da Valec, e do então ministro dos transportes, Alfredo Nascimento (PR).
Pagot saiu do Dnit acusado de integrar um suposto esquema de pagamento de propinas em obras federais da pasta denunciado pela revista
Veja.
Recentemente, as revistas
Época e
Istoé informaram que Pagot, enquanto ainda era ministro dos Transportes, foi intimado para convocar empreiteiras para arrecadar recursos para o caixa da campanha presidencial do PT.
Atualizada