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Domingo, 28 de julho de 2024

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Filme póstumo de Heath Ledger estreia em Cannes

O último filme de Heath Ledger - "The Imaginarium of Doctor Parnassus", dirigido por Terry Gilliam, com uma interpretação que trata entre outros temas da imortalidade, estreou hoje no Festival de Cannes.

Heath Ledger em cena do filme

Heath Ledger em cena do filme

O último filme de Heath Ledger - "The Imaginarium of Doctor Parnassus", dirigido por Terry Gilliam, com uma interpretação que trata entre outros temas da imortalidade, estreou hoje no Festival de Cannes.


O ator australiano, que morreu em janeiro de 2008, teve que ser substituído durante a filmagem por três "dublês" de luxo: Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrel, dos quais Gilliam destacou sua "coragem e generosidade" por se atreverem a representar o personagem de Ledger.

Exibido fora da competição no Festival de Cannes, o filme conta a história do Doutor Parnassus (papel interpretado por Christopher Plummer) e seu mundo imaginário, vivido nas ruas de uma Londres contemporânea em forma de teatro ambulante.

O contador de histórias que é Parnassus oferece a possibilidade de entrar em seu mundo imaginário através de um espelho, uma habilidade que obtém mediante um pacto com o diabo (encarnado por Tom Waits, em uma brilhante e irônica interpretação do mal) que o tornou imortal, embora a um alto preço.

Ao grupo se incorpora um farsante (Tony, o papel de Ledger-Depp-Law-Farrell) que ajuda Parnassus a cumprir os termos de um fatal pacto diabólico para evitar o desaparecimento de sua filha (Valentina, interpretada por Lily Cole).

O filme faz referências ao ex-primeiro ministro britânico Tony Blaire e à morte do "banqueiro de Deus", Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano e que apareceu enforcado, após ser condenado por crimes financeiros, esclareceu Gilliam.

Referências político-criminais à parte, a imprensa internacional mostrou mais interesse em saber como o diretor lidou com a falta de Ledger.

"Todos trabalharam muito e durante mais tempo porque gostavam dele", disse Gilliam, revelando que a família do ator falecido, que encorajou a continuar o projeto apesar da morte de Ledger, ainda não viu o trabalho póstumo do ator, que ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante por "Batman - O Cavaleiro das Trevas" semanas depois morrer.

A mutação de Ledger em Depp, depois em Law e finalmente em Farrell funciona magicamente como consequência do uso do elemento espelho que é decisivo na ação e não pela contribuição de uma manipulação com técnicas digitais, o que dá continuidade à história.

"É seu filme", reconheceu Gilliam ao falar de Christopher Plummer, o ator canadense ao qual reverencia.

As explicações dos produtores não foram por enquanto além de classificar o filme como um "conto moral fantástico" que trata essencialmente da tentação que o ser humano tem de não resistir perante a possibilidade de tornar sua vida mais "alegre".

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