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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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Bola que será leiloada em Porto Alegre pode não ser a do Maracanazo

A Copa do Mundo de 1950, vencida pela seleção do Uruguai, continua dando o que falar. A bola da final em que o Brasil saiu derrotado, no episódio conhecido como Maracanazo, está para ser leiloada em Porto Alegre. Mas a oferta corre o risco de não acontecer. Ainda não há toda a garantia de que seja a mesma usada na famosa partida. Autor do famoso gol que deu o título ao seu país, o uruguaio Ghiggia, de 85 anos, afirma que não é a mesma peça.


Daniel, o leiloeiro, diz com todas as letras que a bola é a verdadeira. Ele possui uma documentação inglesa de 2005, assinada em cartório pelo próprio Ghiggia, único jogador vivo da seleção uruguaia. Só que o documento descreve o item como uma bola assinada pelos jogadores, mas que não seria, necessariamente, a utilizada no Maracanã.

- É a bola da final da Copa de 50, do vulgo Maracanazo, para os uruguaios, assinada por toda a equipe de jogadores e árbitros. Para mim, a documentação que nós temos está muito clara. No leilão, vai começar em 45 mil reais. O valor é inestimável para os uruguaios – assegurou Daniel.
Bola no Maracanazo vai a leilão em Porto Alegre (Foto: Jessica Mello/GLOBOESPORTE.COM)Site oficial da FIFA garante que esta não é a bola de
50 (Foto: Jessica Mello/GLOBOESPORTE.COM)

De acordo com os jornais da época e com o site oficial da FIFA, a bola que de fato foi utilizada na partida final do Mundial é outra. A entidade máxima do futebol garante que a verdadeira é uma de fabricação brasileira, diferente da que está para ser leiloada.

- Estamos falando de duas bolas diferentes. São parecidas, mas uma é a que se jogou o Mundial e esta outra bola é uma que está autografada e nada mais – afirmou o jornalista Carlos Cipriani.

Uma das pistas que se sabe é que a bola da final foi levada para o vestiário da seleção celeste após o apito final. Todos os jogadores assinaram, e depois ela foi conduzida para uma capela no Uruguai. Anos após a conquista, acabou sendo roubada e nunca mais se teve notícia dela no país campeão de 50. Por isso, Ghiggia estranha a existência desse leilão.

- A bola virou uma novela. Dizem que é e que não é. Gambeta pegou e levou para o vestiário. Todos nós do grupo de 50 autografamos e levamos para Florida. Depois, roubaram e não soubemos de mais nada – afirmou.
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