A pressão sobre o time do São Paulo pela eliminação na semifinal da Copa do Brasil para o Coritiba, após derrota por 2 a 0 no Couto Pereira, já pode ser sentida antes mesmo do próximo jogo da equipe. Neste sábado, pouco antes do início do jogo contra a Portuguesa, pelo Campeonato Brasileiro, um grupo da principal torcida organizada do clube tricolor puxou uma série de gritos ofendendo jogadores e chamando o elenco de "pipoqueiro" e "sem vergonha". Os torcedores levaram agitaram bexigas amarelas, enquanto entoavam "não é mole não, estou cansado de time de 'amarelão'".

Agrupados atrás de um dos gols do estádio rubro-verde, os torcedores não pouparam munição contra alguns nomes do elenco, além dos cantos mais genéricos como "vamos jogar bola" e "queremos jogador". Um dos atletas mais cobrados foi o meia Jadson, que teve para si o grito "Ô Jadson, preste atenção, seu futebol é de segunda divisão".

O zagueiro Paulo Miranda, expulso na partida de ida da semifinal da Copa do Brasil, também ganhou um coro próprio: "Ah que bom seria. Se Paulo Miranda voltasse para Bahia". Outros alvos foram o goleiro Denis, o lateral direito Piris, o volante Denilson, o meia Maicon e o atacante Fernandinho, que foram ofendidos com palavrões. O técnico Emerson Leão também não escapou do coro de "Leão, pede demissão".

Após a eliminação para o Coritiba, o presidente são-paulino Juvenal Juvêncio classificou o trabalho de Leão como "razoável" e descartou demitir o treinador imediatamente. Agora, a equipe tricolor busca reagir na temporada com o Campeonato Brasileiro. Com nove pontos em cinco jogos disputados, o São Paulo é o sexto colocado da competição.