O apresentador do "Big Brother Brasil", Pedro Bial, sente "compaixão" pelos participantes que ficam confinados na casa do reality show. A declaração foi feita em entrevista nesta quarta-feira à jornalista Maria Beltrão, no programa "Estúdio i", da GloboNews.

Comentando sobre as reações de amor ou ódio que o programa desperta no público, o jornalista disse que "ninguém fala sem paixão do 'Big Brother'... minha posição é ter compaixão. Eu tenho compaixão por eles".

Falando sobre a empatia que os próprios participantes sentem por ele, Bial disse que isso acontece porque ele é a única pessoa de fora que faz contato com os confinados, "o mensageiro, que traz as poucas notícias de fora para eles (...) na maior parte das vezes para reconfortá-los", definiu.

Na entrevista, foram exibidas cenas de uma das eliminações do programa, quando Bial faz suspense antes de anunciar quem sai do programa com uma mensagem de consolo. "Procuro fazer um texto com uma metáfora para quem está no programa, mas que sirva também para quem está em casa", disse.

Jogo
Questionado sobre se os participantes já chegam preparados para jogar --pelo fato de já conhecerem bem o formato-- Bial respondeu que a equipe sempre arma surpresas.

"Em tese, quem assiste fica mais preparado." No entanto, ele disse que a ideia dos produtores é sempre quebrar os papéis prontos que as pessoas levam de casa. "Tem que reinventar, emoção é a matéria do programa", afirmou.

Ele concluiu comentando sobre o impacto que os participantes Naiá e Norberto, ambos com mais de 60 anos, tiveram no programa. Para Bial, eles ajudaram a quebrar preconceitos sobre a capacidade dos sessentões para vencer na vida. Como exemplo, citou o fundador da Rede Globo.

"Quando o doutor Roberto [Marinho] fundou a Globo, ele tinha 60 anos", disse.