O governo cubano reduziu de 6% para 2% a expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da ilha para este ano, no que foi mais uma má notícia para a economia do país nas últimas semanas.

A informação foi dada pelo vice-presidente do Conselho de Ministros de Cuba e titular de Economia e Planejamento, Marino Murillo, durante uma reunião na qual se anunciaram "medidas excepcionais" para reduzir o consumo de eletricidade a partir do próximo dia 1º, publicou neste sábado o jornal oficial "Juventud Rebelde".

"A contração mundial repercute nas exportações do país e em uma diminuição das receitas oriundas do turismo", explicou Murillo.

Nesta semana, as autoridades e a imprensa oficial da ilha lançaram uma cruzada para reduzir o consumo de eletricidade em Cuba. Em editorial publicado nesta sexta-feira, o diretor do jornal estatal "Granma", Lazaro Barredo, disse que a ilha deveria adotar o slogan "Economia ou Morte!" para combater os efeitos da crise, um jogo de palavras com os lemas "Pátria ou Morte!" e "Socialismo ou Morte!", repetidos pela liderança comunista da ilha em discursos. Segundo Barredo, a nova frase estimulando a contenção de gastos foi proposta pelo presidente do Banco Central cubano, Francisco Soberan.
Nesta sexta-feira, o ministro da Economia disse que o setor estatal, que consome mais da metade da eletricidade de Cuba, deverá reduzir o consumo em 12%, porque as despesas além do que foi planejado já custaram quase US$ 90 milhões.

Caso esse objetivo não seja atingido, o ministro da Economia anunciou que o governo terá que recorrer a cortes no fornecimento porque o país não pode gastar mais combustível para gerar eletricidade.
Além disso, a balança comercial do país teve um déficit de 78% durante o primeiro trimestre deste ano.