O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Carnes e Laticínios do Portal da Amazônia (Sintracal) protocolará na próxima segunda-feira (2) na Procuradoria do Ministério Público do Trabalho de Alta Floresta um relatório com denúncias de funcionários e ex-funcionários do frigorífico da FBS/Friboi sobre as péssimas condições de trabalho na empresa. A ação é apoiada pela Federação dos Trabalhadores na Indústria de Mato Grosso (FETIEMT).

De acordo com o sindicato, muitos funcionários se encontram em condições análogas ao trabalho escravo, enfrentando situações como tempo pré-determinado e exíguo para tomar água e ir ao banheiro, jornadas excessivas de trabalho e situações vexatórias. “Uma ex-funcionária relatou que teve que urinar na roupa porque não havia outro trabalhador para substituí-la no posto de trabalho para que fosse ao banheiro. Outro trabalhador perdeu três dedos do pé porque estava tão cansado que trocou as mãos pelos pés para manobrar uma máquina”, contou o secretário geral do sindicato, César Rolim. De acordo com ele, a situação torna-se ainda mais grave por se tratar de trabalhadores sem instrução, de origem simples e que tendem a acatar qualquer tipo de ordem para manter o emprego.

A região de Alta Floresta é uma das principais produtoras de carne do mundo. Em seu site, a JBS se apresenta como "a maior empresa em processamento de proteína animal do mundo, atuando nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno e latas".

A companhia está presente em todos os continentes, com plataformas de produção e escritórios no Brasil, Argentina, Itália, Austrália, EUA, Uruguai, Paraguai, México, China, Rússia, entre outros países. Possui 140 unidades de produção e mais de 120 mil colaboradores.

As informações são da assessoria