Políticos de todos os partidos e com base eleitoral em Rondonópolis foram ao cemitério da Vila Aurora dar o último adeus ao advogado Wilson Lemos, um dos fundadores do PMDB em Mato Grosso e que deixou legado político em Rondonópolis. Pai do candidato a prefeito da cidade, Juca Lemos (PT), o advogado morreu aos 79 anos vítima de falência múltipla dos órgãos
A morte de Wilson Lemos causou comoção entre a classe política que termina de fazer as costuras políticas para as eleições de outubro. O deputado estadual Percival Muniz, o prefeito Ananias Filho, deputado estadual Jota Barreto (PR), deputada estadual Teté Bezerra (PMDB), o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB), o ex-governador Rogério Salles (PSDB) e o ex-prefeito Zé Carlos do Pátio (PMDB) estiveram na manhã deste sábado (30) no velório.
Mesmo com a morte do pai, Juca Lemos disse a reportagem que participa às 14 horas da convenção do PT. “Meu pai queria isso. Não será uma festa, mas preenchimento da ata da minha candidatura”.
Em nota oficial, o prefeito Ananias Filho lamentou a morte de Wilson Lemos. “Rondonópolis perdeu uma pessoa que contribuiu muito com a democracia e com a história. É um grande homem que fará falta, mas o seu legado ficará para sempre na história da cidade”.
O ex-prefeito Zé do Pátio tomou um susto quando ficou sabendo do falecimento na noite de sexta-feira e também lamentou. “Era um grande homem”.
Preso político durante o golpe militar de 1964, Lemos é considerado um dos líderes mais respeitados e íntegros da história do MDB/PMDB. Nos anos de chumbo, ele foi preso e torturado em Cuiabá e permaneceu na prisão por oito meses no 16º BC, atual 44º Batalhão de Infantaria Motorizada.
O potiguar formado na Universidade Federal de Pernambuco, de onde formaram mentes brilhantes como Castro Alves e Joaquim Nabuco, chegou em Rondonópolis no final de década de 70 e ajudou na construção do PMDB ao lado do deputado federal Carlos Bezerra.
Como advogado, colaborou com movimentos populares e sindicais de Rondonópolis oferecendo assessoria jurídica e gratuita. Além da atividade política, Wilson Lemos também escreveu livros e era um apaixonado por poesias.
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