Carrasco do Brasil nos amistosos disputados em 2010 e 2012, Lionel Messi marcou quatro gols nos dois confrontos. No primeiro, triunfo por 1 a 0, em Doha, no Qatar. No outro, vitória por 4 a 3, nos Estados Unidos. E foi justamente a ausência do jogador dos Jogos de Londres que foi comemorada pelo técnico Mano Menezes. Sem a Argentina, o comandante terá um problema a menos para se preocupar no torneio.
- Não acho que as questões (erros) que aconteceram contra a Argentina se repetirão com a frequência que aconteceram nesse jogo. Não teremos o Messi nas Olimpíadas. Não teremos um jogador que destrua o sistema defensivo e conclua lá na frente como ele. É um ganho – afirmou o treinador brasileiro.
Mano afirmou ainda que o Brasil levou tantos gols diante dos Hermanos por ter atuado com uma defesa reserva. Na opinião do comandante, a ausência de Thiago Silva, machucado, e a falta de um melhor entrosamento entre Bruno Uvini e Juan prejudicaram o time canarinho.
- Perdemos o Thiago Silva para o jogo contra a Argentina e atuamos com uma defesa que não tinha treinado junta por muito tempo. Tenho certeza que a Seleção fará uma boa competição em Londres e será forte como equipe. Os jogos (amistosos na Alemanha e nos Estados Unidos) tiveram esse papel didático que nos proporcionaram situações que nos deixarão em condições de jogar melhor como uma seleção num todo.
Segundo Mano, a partir do momento em que as seleções rivais liberarem as suas listas, ficará mais fácil conhecer os adversários. O treinador citou os casos de Uruguai, que vai contar com Cavani e Suarez no ataque, e da Grã-Bretanha, que terá o veterano Ryan Giggs.
- As questões ficam mais claras a partir de agora. O Uruguai escolheu três jogadores, nada mais nada menos do que o Cavani e o Suarez. Dois titulares do time principal. Futebol você precisa provar em campo que está bem. Vai fazer a preparação, chegar confiante... Vamos ver agora na competição.
Mano afirmou ainda que a seleção brasileira terá mais responsabilidade na primeira fase do que os rivais do Grupo C: Egito, Nova Zelândia e Bielorrússia.
- A responsabilidade é maior de uma seleção tradicional, como é a nossa. Vamos estrear contra o Egito. É o adversário mais complicado em termos de informação porque falta parâmetro. Teremos observações dos outros adversários pelos próprios jogos da competição. Toda competição é assim. Só passando por ela de maneira convincente, ganhando a confiança, é que poderemos ir adiante.
O treinador aproveitou ainda para descartar qualquer possibilidade de liberar os atletas que atuam no Brasil para defender os seus clubes antes do embarque para Londres, no dia 15.
- Minha intenção é aproveitar ao máximo esses jogadores para treinar com a Seleção. A convocação está dentro das regras da Fifa e tecnicamente eu pretendo usar esse tempo com os jogadores à disposição da seleção brasileira.
A Seleção inicia a preparação para os Jogos de Londres na próxima segunda-feira. A equipe utilizará a sede do Flamengo, na Gávea, e a Escola de Educação Física do Exército, na Urca, até o dia 16. À noite, o grupo segue para a capital inglesa. A estreia será no dia 26, contra o Egito, em Cardiff, no País de Gales.
