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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Rival no auge, Hewitt diz que Guga mudou a maneira de jogar no saibro

Foto: (Foto: Divulgação / ATP)

Lleyton Hewitt recebe o carinho dos filhos durante o ATP de Newport

Lleyton Hewitt recebe o carinho dos filhos durante o ATP de Newport

Pouco mais de dez anos atrás, Lleyton Hewitt tomava a liderança do ranking mundial das mãos do brasileiro Gustavo Kuerten. Com 20 anos na época, o australiano era um jovem pouco simpático, que quase não fazia amizade com os companheiros tenistas. Muita coisa mudou desde então. Casado e com três filhos pequenos que o acompanham na maioria dos torneios importantes, Hewitt passou por cinco cirurgias nos últimos quatro anos, mas ainda briga por bons resultados no circuito mundial.


Nesta quinta-feira, pouco depois de se classificar para o ATP 250 de Newport, o ex-número 1 do mundo topou conversar sobre Gustavo Kuerten, que no sábado será eternizado no Hall da Fama Internacional do Tênis, situado no mesmo local do torneio. O australiano mostrou enorme respeito pelo brasileiro. Disse que Guga mudou a maneira de se jogar no saibro e deixou um enorme legado para o tênis sul-americano.

Hewitt também lembrou que uma das maiores vitórias de sua carreira veio diante do brasileiro, em Florianópolis. Sem economizar nos elogios, o australiano, que venceu Guga em três de quatro duelos, ainda soltou um raro sorriso quando indagado sobre o porquê de ter tanto sucesso contra o rival. Confira abaixo a conversa:

GLOBOESPORTE.COM: Neste sábado, Guga vai entrar para o Hall da Fama do tênis. Você foi um de seus maiores rivais e os melhores momentos de ambos vieram praticamente na mesma época. Como era enfrentá-lo dez anos atrás?
Lleyton Hewitt: Ele era um grande tenista. Extremamente duro de encarar no saibro, sua superfície preferida, que ele dominou por muito tempo. Mas também sabia jogar muito bem em quadras duras. Foi campeão em Cincinnati ganhando do meu amigo Patrick Rafter na final, venceu grandes jogos no US Open também. Tive grandes vitórias contra ele. Para mim, uma das melhores lembranças foi batê-lo no Brasil, em Florianópolis, na Copa Davis. Significou muito para nós dois. Foi um de meus maiores resultados.

Qual era a maior dificuldade de jogar contra ele?
Ele mudou a maneira de se jogar no saibro. Era um jogador agressivo no saibro, mas não do tipo que ia à rede. Era agressivo disparando winners e atacando. Tinha um backhand de uma mão incrível também. Acho que foi assim que ele mudou o tênis no saibro.

E por que seu jogo era tão eficiente contra ele?
Não sei, você tem que perguntar a ele (risos). Não sei (mais risos). Eu me movimentava extremamente bem quando entrei no circuito e fazia ele rebater muitas bolas a mais. Eu devolvia algumas bolas que contra outros jogadores eram winners. Isso era provavelmente a diferença. Ele tinha um primeiro saque muito forte, e eu sempre tive uma devolução muito boa, o que também me ajudou.

Ficou surpreso ao saber que ele entraria para o Hall da Fama?
Quando você ganha Roland Garros, é número 1 do mundo e ganha tantos Masters também, não surpreende ninguém que ele tenha entrado no Hall da Fama. É totalmente merecido.

Se for possível apontar uma coisa, qual foi a maior contribuição de Guga para o tênis?
Em termos de tênis na América do Sul, a contribuição dele foi imensa. Eu lembro que sempre que eu ia para América do Sul, ele era um nome enorme lá. Ele meio que trouxe o tênis de volta ao continente. É provavelmente o maior feito dele. Até em Miami ele tinha torcidas enormes. Ele era uma pessoa adorável em quadra, e por isso tinha muitos fãs.

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