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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Verdão descarta negociar com árabes, e Valdivia continua no Brasil

A janela de transferências no Oriente Médio fechou no fim da tarde desta quarta-feira, e o Palmeiras decidiu não liberar Valdivia para qualquer clube da região. Em meio a sondagens e conversas, o Al-Sadd, do Qatar, ofereceu cerca de R$ 12 milhões para ter o jogador, mas a dificuldade de acerto com todas as partes envolvidas e a falta de tempo para definição do negócio fizeram o Verdão descartar a saída do chileno. Ele não enfrenta o Bahia nesta quinta-feira, em Barueri, mas porque tem dores no músculo adutor da coxa esquerda.


A diretoria do Palmeiras, capitaneada pelo presidente Arnaldo Tirone, teve reuniões sobre o assunto na noite de terça e também nesta quarta. Os valores agradaram, mas o problema é que a porcentagem destinada ao clube seria pequena. Uma cláusula no contrato diz que, em caso de negociação para um clube do Oriente Médio, o Al-Ain, dos Emirados Árabes Unidos, deve receber 20% do valor total da transação – este é o antigo clube de Valdivia.

Além disso, o empresário Osório Furlan Junior, conselheiro do Palmeiras, é dono de 36% dos direitos econômicos do Mago – 54% são do clube, e 10% do jogador. Ele não tinha o menor interesse em negociar pelos valores propostos, já que havia investido uma quantia bem maior para contratar o chileno em julho de 2010. Para qualquer conversa envolvendo Valdivia, o “sócio” na compra do meia precisa ser consultado.

– A chegada dele custou € 6 milhões (R$ 15 milhões), e contribuí com 36% do valor. Só quero esse valor de volta, não vamos dar o Valdivia assim, sem contrapartida. Menos do que isso não dá para aceitar, então não tem como negociar agora – disse Osório.

Outro ponto é que o Palmeiras diz não ter recebido qualquer documento oficial com propostas. Um representante do Al-Sadd chegou a conversar com os dirigentes nesta quarta-feira, mas não houve avanço.

– O Valdivia fica, não queríamos liberá-lo, não apareceu nada concreto, e o jogador quer ficar. Então não vejo motivo para negociar. Ele fica e cumpre seu contrato normalmente – destacou o vice-presidente Roberto Frizzo.

O Mago mudou o seu discurso algumas vezes nos últimos dias. Já havia um pré-acordo para que ele permanecesse até a Taça Libertadores de 2013, mas ao mesmo tempo ele não abria mão de ouvir possíveis interessados em seu futebol. A ausência da família, que deixou o Brasil após um sequestro-relâmpago no início de junho, balançou o jogador.

Com a permanência, Valdivia precisa convencer a mulher, Daniela Aranguiz, a retornar com os filhos. A questão familiar é a mais delicada nesse caso, já que o próprio Mago afirmou que seria muito difícil ficar longe dos seus parentes. O pai de Valdivia, Luis, esteve no Brasil nesta semana para discutir a situação do filho, mas não conseguiu chegar a uma solução.

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