Sandra Regina da Silva Ferraz, de 34 anos, que residia em Alta Floresta (823 km ao Norte de Cuiabá), morreu em Rio Preto (SP), vítima do vírus H1N1. Segundo o jornal
Diário da Região, do Noroeste paulista, Sandra tratava de um linfoma no Hospital de Base. Segundo familiares, ela havia passado por dois transplantes de medula e estava bem de saúde até contrair a gripe.
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“O último transplante foi realizado em maio e, nas primeiras semanas de junho, ela teve alta do hospital e foi para a Capacc, porém pegou uma gripe e teve que ser internada novamente”, explica a amiga Fátima Sinhosin Almeida, de 54 anos, que durante 50 dias acompanhou Sandra no tratamento.
No dia 25 de junho, a Secretaria de Saúde de Rio Preto confirmou o diagnóstico de gripe A. Segundo a mãe da vítima, Benedita Gazola da Silva, de 72 anos, a filha permaneceu por 15 dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) combatendo a gripe.
“Minha filha venceu dois tumores e, por causa de uma gripe, morreu. É muito difícil aceitar isso, eu tinha muita fé que ela iria voltar para nossa terra viva”, conta a mãe ao jornal paulista.
O atestado de óbito da dona de casa aponta como causas da morte pneumonia, choque séptico, septicemia (infecção generalizada) e linfoma. A assessoria de imprensa do HB negou que a mulher tenha contraído gripe A no hospital e informou que “por ser uma paciente imunossuprimida, ela faleceu devido a complicações decorrentes de infecção bacteriana”.
A presidente da Capacc, Lúcia Torres, também negou que a mulher pegou a gripe na instituição. “Aqui é tudo dentro dos padrões”, disse.
Sandra descobriu o câncer em 2009 e iniciou o tratamento em Cuiabá. “Em fevereiro ela passou pelo primeiro transplante e em maio deste ano fez o segundo”, conta Maria Lúcia de Freitas, cunhada de Sandra.
Sandra era separada do marido e deixa dois filhos, um menino e uma menina, de nove e dez anos.
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