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Segunda-feira, 05 de agosto de 2024

Notícias | Economia

GM anuncia fracasso com credores e fica perto de concordata

A gigante automotiva General Motors (GM) anunciou nesta quarta-feira o fracasso da reestruturação de sua dívida obrigatória, que recebeu, segundo a montadora, um apoio dos credores "significativamente menor" que o esperado. Com isso, a montadora começa a se preparar para enfrentar um colapso, aumentando as chances de um pedido de concordata esperado para o fim do mês.


A empresa anunciou nesta manhã que o prazo para a troca de dívida expirou e que seu conselho se reunirá para decidir os próximos passos. As ações da montadora despencavam 22,5% em Frankfurt após a notícia.

A oferta da GM para a troca de dívidas da empresa por participação acionária vinha sofrendo críticas desde o anúncio da operação há um mês. A avaliação era de que o pagamento seria baixo e injusto, dando margem para autoridades do governo se mostrarem mais complacentes a pedidos de sindicatos e aposentados.

Mas a troca também era vista como a última esperança da GM para reduzir a dívida sem precisar entrar com pedido de concordata, assim como fez sua concorrente Chysler no fim de abril.

As expectativas são de que a GM entre com o pedido de concordata até 1º de junho, prazo limite determinado pelo presidente Barack Obama para a montadora provar sua viabilidade ou enfrentar a proteção contra a falência.

Europa
A montadora americana vai se separar totalmente de sua filial alemã Opel com o objetivo de deixar o caminho livre para um possível comprador. "As fábricas européias, concessionárias e valores da General Motors serão transferidas a Adam Opel", informou a marca alemã em uma declaração divulgada em sua fábrica em Rüsselsheim.

O comunicado, divulgado após uma reunião extraordinária do conselho de vigilância de Opel, acrescenta que, por meio "da transmissão de fábricas, patentes, direitos e tecnologia, a Opel estará preparada para uma solução fiduciária", que não afetará as marcas Vauxhall e Saab.

Em uma primeira reação, o presidente do comitê empresarial da marca alemã, Klaus Franz, destacou que "o investidor que entrar na Opel encontrará uma empresa livre de dívidas". A transmissão à Opel dos direitos de patente, fábricas e tecnologia reforça a tese de que GM apresentará nas próximas horas uma declaração de insolvência.

Este passo ocorre horas antes de o governo alemão se reunir em Berlim com representantes das empresas interessadas na compra da Opel: a italiana Fiat, o consórcio austríaco-canadense Magna e o belga RHJ, propriedade da americana Ripplewood.

A essas empresas se uniu a chinesa Beijing Automotive Industry Corp (BAIC), sócia da Daimler. A fórmula de uma sociedade fiduciária como solução transitória para os ativos europeus da GM tem como objetivo preservá-los de uma eventual moratória da matriz, o que parece iminente.

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