Vereadores dos mais variados partidos voltaram aos trabalhos na Câmara de Cuiabá nesta quinta-feira (02) no retorno do recesso para receberem Ralf Leite (ex-PRTB) de braços abertos. O vereador retomou seu mandato hoje, após ter sido cassado por improbidade administrativa em 2009.

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Diretos no discurso de boas vindas e afirmando terem notado a transformação em maturidade do parlamentar neste período em que ele passou afastado da “Casa de Leis”, os novamente colegas de Leite ressaltaram a importância de aprendizagem que todos tiveram com os acontecimentos que culminaram na cassação.

Deucimar Silva (PP) chegou a afirmar que durante o andamento da Comissão Processante (CP) que iria decidir o futuro de Ralf na Câmara, a lei imputava uma suspensão por trinta dias, contudo, a agressão do vereador à sua então namorada foi o fator culminante e decisivo para que a cassação não pudesse ser evitada.

“Quem cassou o mandato de Ralf Leite foi o próprio Ralf Leite. Faltou sabedoria da sua assessoria e de quem estava ao seu lado para orientá-lo, aí ainda teve aquele episódio com a sua namorada e foi a gota d’água”, ressaltou na tribuna.

Já o social-democrata Everton Pop – que participou da comissão de cassação – tentou um discurso diferente, alegando que não iria fingir que nada aconteceu para culminar no afastamento. Acrescentou ainda em sua fala alfinetadas aos vereadores que deram as boas vindas a Ralf, mas que durante a CP pressionavam pela suspensão do mandato.

“Não posso ficar sentado, ouvi-lo e fazer de conta que nada aconteceu. Meu propósito não é vir pedir desculpa. Alguns dos que hoje te dão as boas vindas nos pressionaram para cassá-lo”, ponderou.

Casos polêmicos

Foi instaurada ainda em 2009 uma Comissão Processante para julgar se houve quebra de decoro parlamentar no episódio em que Ralf foi encontrado com travestis na região do zero quilômetro, em Várzea Grande. Na época, o vereador foi acusado de ter usado da prerrogativa do mandato para tentar se livrar de flagrante policial.

Na reta final de seu julgamento, ele foi novamente alvo de escândalo após agredir sua namorada. A situação não foi tolerada pelos colegas, que decidiram pela cassação do mandato.



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