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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Novo apagão e fim do sonho: Brasil perde para a Noruega no handebol

Ao fim do jogo, as jogadoras não conseguiram conter as lágrimas no banco de reservas

Ao fim do jogo, as jogadoras não conseguiram conter as lágrimas no banco de reservas

O placar com seis gols de vantagem no segundo tempo encheu a torcida de esperança. O Brasil jogava com segurança e ignorava o favoritismo da campeã olímpica e mundial Noruega. Então, houve o apagão. De novo. Derrotadas por 21 a 19 nas quartas de final, as brasileiras estão fora da disputa por medalhas nos Jogos de Londres. A confiança em quadra deu lugar às lágrimas e ao sentimento de tristeza da seleção com a melhor chance de subir ao pódio olímpico na história do handebol feminino nacional.


- Estou completamente decepcionado com o resultado de hoje, mas muito feliz com a forma como mostramos nosso handebol nas Olimpíadas. Nossa meta era mostrar que somos capazes de lutar pela medalha, mas a realidade é que a Noruega mostrou seu nível. É difícil. Acontece de uma equipe ficar sem fazer gols, mas dez minutos é muito tempo - avaliou o técnico dinamarquês Morten Soubak, que já tem seu contrato renovado para comandar a seleção brasileira até 2016.

A pivô Duda não resistiu às lágrimas e lamentou a atuação do time no segundo tempo, mas deixou a quadra satisfeita com o conjunto da obra.

- No segundo tempo, caímos. Não foi azar pegar a Noruega, nós estávamos preparadas. Em alguns momentos foi falta de qualidade nossa. Tristeza, é só isso que eu sinto agora. Cair nas quartas de final não era o nosso objetivo, estou triste, mas continuo tendo orgulho de jogar neste time - afirmou a jogadora.

Na semifinal, a Noruega enfrentará a vencedora do duelo entre Rússia e Coreia do Sul, prata e bronze nas Olimpíadas de Pequim, em 2008. O jogo será nesta segunda-feira, às 13h (de Brasília).

Início promissor

O Brasil começou avassalador no primeiro tempo. Alê passou por cima da barreira norueguesa como quem estava apenas treinando. No placar, 8 a 4 nos primeiros dez minutos. Bem posicionada na defesa, a seleção obrigou a adversária a arremessar perto da marca dos 9m. As bolas que foram direto para fora, principalmente vindas de Snorroeggen, e a boa atuação de Chana deram ainda mais segurança. A vantagem de quatro gols foi mantida durante quase todo o período inicial. No fim, as brasileiras abriram um pouco a marcação e permitiram contra-ataques, mas as equipes foram para o intervalo com 13 a 9.

Uma defesa de Chana e dois gols logo no início do segundo tempo mostravam que a seleção ia seguir um caminho tranquilo até a vitória. Então, o apagão. Com o placar em 15 a 9, o Brasil parou de novo, assim como fez no final do último jogo contra Angola. Foram quatro gols seguidos da Noruega.

O técnico Morten Soubak parou o jogo. Deu certo, Silvia quebrou o jejum de gols. No lance seguinte, porém, Alstad também balançou as redes. O clima ficou mais tenso em quadra. Quando o Brasil marcava de um lado, a Noruega logo respondia. A vantagem verde e amarela no placar não passava de dois gols.

Mais ansiosas em quadra, as brasileiras se anteciparam no ataque e erraram muitos arremessos. A diferença no marcador caiu para apenas um gol (18 a 17). Então, a sorte pareceu querer virar. Alstad cobrou um tiro de sete metros, e Chana defendeu. Duda fez nova falta e ganhou suspensão de dois minutos. Tiro de sete metros, e a bola de Johansen foi no travessão.

Mas o Brasil ainda não conseguia marcar. A goleira Grimsbo cresceu no jogo e ganhou status de vilã verde-amarela. Atrás, a defesa abriu, Snorroeggen empatou e Koren virou (19 a 18). O técnico da seleção parou o jogo novamente. Não deu certo. A defesa brasileira não se encontrou em quadra, e as campeãs mundiais não perdoaram: 21 a 19. Foi o adeus ao sonho olímpico do Brasil.
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