O tema das eleições diretas no Palmeiras voltou a entrar em pauta no Conselho Deliberativo do clube na semana passada. Depois de uma pausa realizada durante as finais da Copa do Brasil, conselheiros voltaram a citar a necessidade de votação rápida da proposta que prevê a participação dos sócios na escolha do novo presidente do clube. Uma proposta já está engavetada desde março do ano passado, e é discutida à exaustão antes de ser levada ao pleito final.

Nesta semana, o presidente do Conselho Deliberativo, José Ângelo Vergamini, prometeu marcar nova reunião com todas as correntes políticas do clube, discutindo alguns pontos que ainda geram discordância e amarrando acordos para que a proposta das Diretas seja votada neste ano, em assembleia geral a ser marcada por Vergamini. A proposta do Conselho Gestor, feita pelo ex-presidente Mustafá Contursi, perdeu força nos bastidores. Entre os conselheiros, a sensação é de que um grande passo está sendo dado.

- É uma discussão que avança a cada nova reunião, mas ainda falta muito. Teremos mais encontros nas próximas semanas, e vamos ver o que vai acontecer - disse o vice-presidente Roberto Frizzo.

O atual presidente, Arnaldo Tirone, pede cautela na discussão dos tópicos.

- Isso não deve acontecer (Conselho Gestor). Quanto às Diretas, vamos aguardar, ainda há muita coisa para ser discutida antes da votação. Vamos com calma – afirmou.

Enquanto isso, parte da torcida se movimenta para organizar um protesto na próxima semana. O movimento Acorda Palmeiras, que reúne alguns grupos políticos do clube, pretende fazer uma grande manifestação no dia 19 de agosto, ainda com detalhes a serem definidos. Nesse mesmo dia, o time joga fora de casa contra o Atlético-GO, no Serra Dourada.

O grupo fez outros protestos entre o fim de 2011 e o início de 2012, sempre pacíficos. A pressão já deu resultado anteriormente. Em uma reunião, os conselheiros decidiram que a proposta das Diretas seria votada antes, e separadamente, da proposta do Conselho Gestor de Mustafá. A ideia do ex-presidente é colocar três conselheiros que possam cuidar do futebol – eles não seriam eleitos pelos sócios, o que diminuiria o poder do presidente escolhido.