A nota do ensino médio mato-grossense no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011 atingiu 3,3 pontos, aumento de 0,1 ponto em relação à nota 3,2 alcançada em 2009, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) nesta terça-feira.
Apesar de ter um leve crescimento, Mato Grosso ficou abaixo da meta, que era de 3,4 pontos. A assessoria da Secretaria de Educação do governo (Seduc) informou à reportagem que "estava avaliando os dados e deve se posicionar na quarta-feira".
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Já nos anos iniciais do ensino fundamental, Mato Grosso teve melhor desempenho, crescendo 0,2 pontos e chegando à nota 5,1 em 2011, ante os 4,9 de 2009. Nesta faixa de ensino o Estado superou a meta, que era de 4,4 pontos. Nos anos finais do ensino fundamental, Mato Grosso também obteve média.
Educação e outros Estados
O Ensino Médio com baixo rendimento de Mato Grosso também foi seguido por mais 10 Estados e o Distrito Federal (Espírito Santo - 3,6; Sergipe - 3,2; Alagoas - 2,9; Pará - 2,8; Rio Grande do Sul - 3,7; Roraima - 3,6; Minas Gerais - 3,9; Amapá - 3,1; Rio Grande do Norte - 3,1; Acre - 3,4; Distrito Federal - 3,8).
O Ideb é calculado a partir da taxa de aprovação, reprovação e abandono e do desempenho dos alunos na Prova Brasil, avaliação aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) a cada dois anos.
Com base nessas informações, são atribuídas notas para cada escola pública do país, assim como para as redes de ensino e para os municípios e os estados. Cada escola, prefeitura e governo estadual tem uma meta que deve ser atingida de dois em dois anos.
Mato Grosso e Centro-Oeste
Mato Grosso do Sul
Ideb 2009: 3,8 pontos
Ideb 2011: 3,8 pontos
Meta 2011: 3,6 pontos
Mato Grosso
Ideb 2009: 3,2 pontos
Ideb 2011: 3,3 pontos
Meta 2011: 3,4 pontos
Goiás
Ideb 2009: 3,4 pontos
Ideb 2011: 3,8 pontos
Meta 2011: 3,5 pontos
Distrito Federal
Ideb 2009: 3,8 pontos
Ideb 2011: 3,8 pontos
Meta 2011: 3,9 pontos
O problema do ensino médio
Em âmbito nacional, o Ideb do ensino médio também subiu apenas 0,1 ponto, passando de 3,6 para 3,7. A meta nacional esperada para o período foi atingida, mas em nove estados o índice piorou em relação à edição anterior.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, argumentou que “internacionalmente” o ensino médio continua sendo um “grande desafio” para qualquer sistema educacional. Ele defendeu que o currículo da etapa precisa ser reformulado porque é muito sobrecarregado.
Em algumas redes de ensino, o total de disciplinas chega a 19. “É uma sobrecarga muito grande que não contribui para você ter foco nas disciplinas essenciais, como língua portuguesa, matemática e ciências”, disse, à Agência Brasil.
Outro problema do ensino médio, segundo Mercadante, é a falta de professores com formação específica para algumas áreas, como matemática e ciências, além da alta concentração de matrículas no turno noturno – 30% dos jovens do ensino médio estudam à noite.
Mercadante não quis comentar os resultados dos estados que tiveram Ideb inferior ao registrado em 2009. “Uma mesma região tem estados e cidades que evoluíram muito mais que outros. Há especificidades, a gestão na ponta. O professor na sala de aula, o diretor da escola, o secretário municipal. Vamos olhar essa informação e tentar tirar lições para avançar”, disse.
O ministro aposta que a educação em tempo integral pode ser uma “grande resposta” para melhorar a qualidade do ensino. (
Com informações da Agência Brasil)
