O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu nesta quinta-feira (28) ampliar de 60% para 68% o limite mínimo, dos recursos captados pelos bancos por meio da poupança rural, que deve ser aplicado em operacões de crédito agrícola.

Segundo o governo federal, a medida vale a partir do dia 1o. de julho próximo e assegura o direcionamento de mais R$ 2 bilhões para as operações típicas de crédito rural, que são custeio, comercalização e investimento, para a safra 2009/2010.

O governo informou ainda que foi reduzido de 40% para 32% o limite de recursos que podem ser aplicados na aquisição de Cédulas de Produto Rural (CPR) e na comercialização, beneficiamento ou inustrialização de produtos de origem agropecuária, ou de insumos.

Para que as mudanças não "prejudiquem" as instituições financeiras que operem com recursos da poupança rural (que possui juros efetivos de 6,75% ao ano), o CMN autorizou que os bancos possam aplicar um "fator de ponderação" de 3,2 sobre o saldo médio registrado em junho deste ano. Isso se refere às operações contratadas no período de julho de 2008 a junho deste ano.

O secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, informou que as negociacões estão "avançadas" dentro do governo para consolidar as propostas para a safra 2009/2010. A expectativa do secretário é que este processo esteja concluído até meados de junho, de modo que todos normativos estejam publicados até o fim do mês que vem.