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Terça-feira, 28 de maio de 2024

Notícias | Meio Ambiente

fogo por perto

Queimadas fazem fogo se alastrar pelo Pantanal de MS


Mais de 60 mil hectares de vegetação nativa foram destruídos desde o início da temporada de queimadas no Pantanal. O levantamento foi divulgado pela superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul, que atribui o cenário a uma combinação de seca intensa com a ação do homem.

"Num ambiente com grande quantidade de vegetação seca, qualquer manejo de pasto com fogo ou mesmo um pequena fogueira de um pescador podem desencadear um incêndio e esse fogo se alastrar pelo Pantanal", diz o superintendente regional, David Lourenço.

Somente em maio, 374 focos de queimadas foram registrados na região de Corumbá (440 km de Campo Grande), considerada o epicentro do problema. O numero representa um aumento de 712% em relação aos registros no mesmo mês em 2008 (50). De janeiro a maio, Mato Grosso do Sul já contabiliza 980 focos de calor, o equivalente a 65% do acumulado em todo o ano passado.

"Desse total, 80% foram na região de Corumbá, o que, nesta época do ano, é uma situação atípica", afirma Márcio Yule, coordenador do Prevfogo (Sistema Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, do Ibama).

Segundo a Embrapa Pantanal, o nível do rio Paraguai deverá atingir em maio a terceira cota mais baixa para o período nos últimos 35 anos.

A falta de chuvas, diz Yule, antecipou a abertura de acessos por terra ao Pantanal e, por sua vez, o calendário das atividades humanas. Focos de incêndio foram registrados em áreas de pastagens nativas à beira do rio Paraguai --o fogo é usado para a limpeza, renovação e abertura de áreas para o gado.

"Há também o caso dos extrativistas de mel silvestre, que se utilizam do fogo para afugentar as abelhas", diz Yule.

Ontem, em Corumbá, uma chuva ajudou a extinguir as frentes de fogo que se alastravam nas proximidades da zona urbana. A água também serviu para amenizar o desconforto vivido pelos moradores da cidade, que nos últimos dias tiveram de se habituar à fumaça e às cinzas no ar.

Segundo o Ibama, a operação de emergência montada para combater os focos --que inclui helicóptero e 24 homens do Corpo de Bombeiros-- será ampliada com a criação de uma brigada municipal de incêndio, que terá a participação do Exército e da Marinha.

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