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Quinta-feira, 08 de agosto de 2024

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Sistema de lista fechada não agrada deputados federais mato-grossenses

Foto: Reprodução

Sistema de lista fechada não agrada deputados federais mato-grossenses
Os deputados mato-grossenses têm certeza de que o financiamento público exclusivo de campanha seria mais adequado do que o modelo atual, mas não há unanimidade em relação ao sistema eleitoral. Por exemplo, o sistema de lista fechada não agrada aos parlamentares de Mato Grosso. Mas o projeto de lei 268/ 2011, em tramitação no Senado, indica que o financiamento público está diretamente vinculado ao sistema de lista fechada nas eleições proporcionais para a escolha de deputados federais.


Deputados de MT querem que só dinheiro público financie campanhas

Nesse sistema, os votos dos eleitores iriam para uma lista de candidatos preordenada pelo partido escolhido. Os eleitos sairiam da lista de acordo com a ordem predefinida e na proporção dos votos obtidos pelo partido na contagem geral.

Para Valtenir Pereira (PSB), o sistema atual (proporcional de lista aberta) não deve sofrer alterações. “Cada sistema tem seu ônus e seu bônus. Os eleitores estão acostumados com o modelo atual. E com o financiamento público, vamos dar condições mínimas para se fazer campanha”.

Eliene Lima (PSD) disse ser contra a lista fechada. “Sou a favor de que cada um busque seu voto”. Homero Pereira (PSD) também rejeitou a lista fechada. “Praticamente todos os partidos têm caciques, então eles acabariam impondo a vontade da cúpula partidária”. 

Em enquete realizada pelo Olhar Direto, o voto distrital foi o mais citado pelos parlamentares – nesse caso, o estado seria dividido em regiões menores e as pessoas só poderiam votar nos candidatos dos distritos. “Haveria uma distribuição mais proporcional e as campanhas seriam mais baratas”, opinou Victório Galli (PMDB).

Wellington Fagundes (PR) e Nilson Leitão (PSDB) também preferem o voto distrital. “Eu defendo o voto distrital. Na pior das hipóteses, o misto. Esse tipo de votação assegura a identificação entre eleitores e candidatos. Mato Grosso tem 900 mil quilômetros quadrados e isso onera os custos (das campanhas) e diminui o compromisso dos políticos regionalmente”, disse Fagundes. Para o tucano, o distrital “fortaleceria a democracia”.

Na avaliação de Julio Campos (DEM), o distrital misto daria mais equilíbrio ao processo eleitoral. “Teríamos quatro no proporcional e quatro no distrital”. O deputado Pedro Henry (PP) não atendeu a solicitação da reportagem.

O sistema de lista fechada está previsto na Proposta de Emenda Constitucional 43/ 2011. O projeto 268 e a PEC 43 devem passar por votação no plenário do Senado. Em debate na Câmara, a reforma política, ainda em fase de anteprojeto, combina o financiamento público exclusivo e um tipo misto de voto proporcional, com listas partidárias preordenadas e voto nominal.
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