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Sábado, 20 de julho de 2024

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alimentação forçada

Justiça britânica rejeita alimentação forçada de anoréxica à beira da morte

Em decisão polêmica, um juíza da alta corte de Londres determinou que alimentação à força não estaria de acordo com os melhores interesses de uma mulher anoréxica à beira da morte.

Em decisão polêmica, um juíza da alta corte de Londres determinou que alimentação à força não estaria de acordo com os melhores interesses de uma mulher anoréxica à beira da morte.


A magistrada Eleanor King tomou uma decisão favorável ao Sistema de Saúde britânico (NHS, na sigla em inglês), ao permitir que médicos "não provenham nutrição e hidratação" se a paciente não concordar.

A decisão determinou que medidas cabíveis devem ser tomadas para ganhar a cooperação da paciente com anorexia, mas sem o uso da força.

Por razões legais, o nome da paciente não foi divulgado, mas ela foi denominada "L" durante o julgamento.

20 quilos
Apresentada como "altamente inteligente", L tem 29 anos, pesa 20 quilos, nasceu no norte da Inglaterra e sofre de anorexia nervosa desde os 12 anos. Dos 14 anos até agora, tem passado quase toda a vida internada em clínicas.

A anorexia cria o medo de ingerir calorias, fazendo com que a pessoa pare de comer.

"Chegou um ponto em que o sistema de saúde, que cuida da parte física dela, passou a acreditar que alimentação à força não é o melhor, apesar de que, se não for alimentada, ela provavelmente morrerá", disse a representante legal do sistema de saúde britânico, Bridget Dolan.

De acordo com Dolan, L não expressa desejo de morrer e essa não seria parte da sua motivação para não comer ou se hidratar. Ao mesmo tempo, a anorexia não lhe permite comer.

L concordou em ser alimentada com 600 calorias por dia por um tubo, mas isso seria insuficiente para ela manter o peso atual.

"Até certo ponto, ela superou as expectativas ao conseguir viver com um peso tão baixo", disse Dolan.

Batalha 'perdida'
Baseada nessas evidências, a juíza King declarou que "essa não é uma batalha que (L) irá vencer".

King chamou os pais de L de "extremamente valentes" e disse à família: "A tarefa agora é fazer destas últimas semanas as mais confortáveis possíveis, para que vocês tenham a maior quantidade possível de tempo juntos".

Em junho, um juiz da alta corte havia decidido que uma mulher do País de Gales com anorexia severa fosse alimentada à força.

Nesse caso, porém, a mulher queria ter o direito de morrer, e o juiz argumentou que ela era incapaz de tomar decisões.
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