Sábado é dia de pensar nos estudos. Pelo menos para os presentes na edição 2012 do Unicamp Portas Abertas (UPA). Com cerca de 40 mil participantes, de sete estados, as salas de aula da instituição eram utilizadas como estandes de apresentação dos cursos oferecidos na Universidade Estadual de Campinas (SP), por meio de painéis de discussão e atividades interativas.
Entre os estudantes indecisos com a carreira acadêmica, havia quem já estivesse pensando na segunda graduação, antes mesmo de começar a primeira. É o caso da estudante de Indaiatuba (SP) Michele Freitas, de 14 anos. Apesar da pouca idade, a jovem está cursando o primeiro ano do ensino médio e já se preocupa com a universidade. "Penso em fazer a faculdade de design gráfico e depois de física", conta Michele.
Foi justamente no instituto de física que a estudante se tornou "cobaia" de uma das atividades. A demonstração ilustrava a passagem de corrente elétrica pelos corpos e, segundo o monitor da brincadeira poderia causar choques caso a voluntária não seguisse as orientações. Apesar do alerta, a estudante brincou. "Se eu não morrer nessas experiências eu ainda quero ver o resto dos estandes", afirmou com bom humor. No local ainda haviam demonstrações de fluídos não-newtonianos e os efeitos do nitrogênio líquido.
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O evento também contou com visitantes de longe. Um grupo de quatro amigos vindos de Ituiutaba (MG), próximo a divisa com o Mato Grosso do Sul, efrentou uma viagem de dez horas para conferir as atrações da UPA. O estudante Victor Silva, de 18 anos, achou que o sacrifício valeu a pena. "Quero entender o que faz um engenheiro químico, mas o problema mesmo são as filas" afirmou ele, fazendo referências as longas filas em algumas das atrações. Os institutos de engenharia mecânica e química eram os mais disputados, com espera que chegava a 40 minutos. A espera para o transporte interno da universidade também foi alvo de reclamação dos presentes.
O evento não foi um atrativo apenas para os estudantes e vestibulandos. Os pais também marcaram presença. É o caso de Helena de Godoy, mãe de uma adolescente, de 16 anos, que já pensa em sair de São Bernardo do Campo (SP), na região do ABC Paulista, para estudar em Campinas. "Acho importante avaliar a estrutura do local, já que ela quer vir estudar aqui, quero ver como é a região", explica.
Organização
Segundo a coordenadora do Unicamp Portas Abertas, Carmen Zink, o número de dias de evento foi reduzido devido aos problemas no trânsito. Nas edições anteriores, o UPA também acontecia na sexta-feira. "O trânsito das rodovias da região e dos estudantes da universidade conflitava com os convidados do evento", explica ela. A redução na programação gerou uma adesão recorde para o fim de semana. "Na última edição só registramos estimativa de 40 mil participantes durante a sexta-feira".
O evento, que acontece entre as 9h e as 17h deste sábado (1º) contou com o apoio de 2,5 mil colaboradores, entre professores, funcionários e alunos.
