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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

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Portadores do vírus HIV ganham melhorias para receber tratamento

Foto: Reprodução

Portadores do vírus HIV ganham melhorias para receber tratamento
Fundada há 26 anos, a Casa de Solidariedade Mãe Joana, acolhe portadores que não tem onde morar, foram abandonados pelas famílias e outros que vivem no interior, em municípios distantes onde nem sempre chegam os programas de tratamento da Aids.


Depois de alguns problemas de gestão, a Casa Mãe Joana vem tentando se reerguer, mas com muita dificuldade. A instituição não possui nenhum convênio ou apoio do setor público, mesmo sendo considerada referência para suporte aos portadores do vírus HIV. Há pouco tempo, a situação era precária nas instalações.

O espaço quase foi fechado por falta de condições adequadas de atendimento. Para evitar o caos aos pacientes que precisam do lugar, o Instituto Canopus mobilizou seus voluntários para uma ação rápida de reforma e ampliação.

A Casa da Mãe Joana ganhou nova pintura, melhorias nas partes elétrica e hidráulica, além da construção do escritório e ampliação da lavanderia e área de reciclagem. O muro também foi ampliado na altura, o que garante mais segurança.

Paulo Rogério, coordenador da Casa, explica que as obras possibilitam agora melhor atendimento, além de ganhar tempo para resolver outros problemas da instituição, “se essa reforma não fosse realizada, não tínhamos como manter o funcionamento, pois a vigilância sanitária já havia enviado uma notificação”, esclarece Rogério.

Voluntário do Instituto Canopus há seis anos, Dulcídio Aloísio Regino é empresário do ramo de gastronomia e dedicou parte de seu tempo para a ação de reforma na Casa Mãe Joana. As obras custaram 15 mil reais. O recurso foi arrecadado durante a festa junina de uma das concessionárias do Grupo Canopus em Cuiabá.

Regino aponta que a situação era muito crítica quando visitou o espaço e agora está mais realizado pelo seu trabalho voluntário, “conseguimos reverter essa situação crítica, pois as pessoas que vivem aqui não tem para onde ir e precisa do tratamento”,comemora Regino.

O presidente do grupo empresarial e fundador do instituto, Marcos Cruz, marcou presença na entrega das melhorias na Casa Mãe Joana. Ele apoia a entidade há vários anos e fica preocupado com a realidade da instituição. “Garantimos um socorro com nossos voluntários, mas queremos entender mais sobre toda a situação da Casa para atrairmos novos parceiros, por que essa instituição não pode fechar”, afirma Marcos Cruz.

Portadora do vírus há quatro anos, Antonia Durcelina Ferreira dos Santos de 39 anos, mora em Alto Araguaia, distante 420 km da capital. A empregada doméstica tem um casal de filhos e descobriu que estava com o vírus quando buscou médico para tratar uma tosse. Antonia confessa que bebia muito e foi contaminada pelo marido que já morreu. Para ela o mais difícil é a viagem, pois estava muito fraca, mal conseguia andar.

Na Casa Mãe Joana ela se hospeda para receber o tratamento e não consegue imaginar sua recuperação sem o apoio que recebe em Cuiabá, “aqui é muito bom, eles tratam bem a gente e agora a casa melhorou muito, já ganhei peso e quero voltar logo para cuidar dos meus filhos”, relata Antonia Durcelina.

A importância da Casa de Solidariedade é grande na vida de outra portadora do vírus, Deusenir Luiz da Silva de 33 anos. A dona de casa tem cinco filhos e mora em Cotriguaçu, região noroeste de Mato Grosso a 960 km de Cuiabá. Ela foi contaminada há um ano e meio também por um ex-companheiro e só descobriu quando ele morreu, vítima da Aids.
 
Em Contriguaçu, segundo Deusenir o tratamento é bem difícil, ela vem para a capital, faz o controle e depois o coquetel de medicamentos é encaminhado para Juína, onde há uma referência do tratamento. Mas ela ficou um ano sem tomar os remédios, pois não tinha como sair de sua cidade.

A saúde de Deusenir piorou muito, agora ela vem para Cuiabá e se recupera rapidamente, já engordou quase dois kilos com apoio que recebe na Casa Mãe Joana. “Aqui sou bem recebida, me alimento bem e quase não reconheci a casa por que melhorou muito com a reforma”, afirma a paciente.

O Presidente da Oscip, Paulo Henrique de Lima Borges já pediu aos coordenadores da casa um levantamento completo de toda a situação, “os voluntários do Instituo Canopus vão desenvolver outras ações para continuar com o apoio à Casa de Solidariedade Mãe Joana”, garante Paulo Borges.
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