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Sábado, 20 de julho de 2024

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Estudo explica efeitos da abstinência de cocaína no cérebro

Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos descobriu parte do que acontece no cérebro, em nível celular, e que faz com que os dependentes em cocaína se sintam tão mal quando sofrem síndrome de abstinência, segundo estudo publicado...

Um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos descobriu parte do que acontece no cérebro, em nível celular, e que faz com que os dependentes em cocaína se sintam tão mal quando sofrem síndrome de abstinência, segundo estudo publicado nesta segunda-feira.


Os resultados oferecem uma compreensão maior sobre os mecanismos que criam uma avassaladora sensação depressiva naqueles que param de usar a droga e dar pistas aos cientistas que querem mitigar estes sintomas, evitando assim que o usuário em tratamento sofra uma recaída.

Estudando ratos geneticamente modificados, os pesquisadores se concentraram em uma molécula, chamada receptor canabinoide tipo 1 ou CB1, que diminui a comunicação entre células nervosas. Esta molécula é particularmente importante na área do cérebro conhecida como núcleo accumbens, que comanda as emoções e as motivações.

Já se sabia que a cocaína provoca forte efeito nesta área do cérebro. Mas este é o primeiro estudo a demonstrar o impacto da cocaína na produção de CB1 e o que isto representa na área do núcleo accumbes durante e depois de uma elevação provocada pela cocaína.

Quando uma pessoa tem uma sensação motivadora produzida pela cocaína "tudo se acelera e (ela) te empurra a um estado emocional altamente gratificante", afirmou o principal autor do estudo, Bradley Winters.

Nos ratos, a cocaína induziu a produção excessiva de CB1, o que efetivamente afetou a contenção de hiperatividade no núcleo accumbes. "É parecido com descer uma colina íngreme. É preciso pisar fundo no freio", explicou Winters em um comunicado.

O problema é que o cérebro não parece saber como soltar o freio assim que o efeito da cocaína desaparece. "Você continua pisando forte no freio. Agora, está descendo uma colina normal, de baixa elevação, mas continua a 3 km/h porque o teu pé continua grudado no freio", comparou.

"O estado é similar a 'me sinto muito mal e não quero fazer nada'", continuou o cientista, acrescentando que "isto é o que faz com que você volte a usar a droga porque quer se sentir melhor e a droga é a única coisa que te motiva". O estudo foi publicado na edição desta segunda-feira da revista PNAS.


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