O pai da primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, manifestou o desejo de doar o corpo para a ciência e não querer ser enterrado ou homenageado em um funeral formal, mas em uma cerimônia privada, segundo seu obituário publicado esta quarta-feira.
John Gillard, de 83 anos, morreu repentinamente na manhã de sábado na cidade de Adelaide (sul), levando a governante a viajar subitamente da Rússia, onde participava da cúpula Ásia-Pacífico, para acompanhar a família.
Um obituário publicado esta quarta no jornal local Adelaide Advertiser descreveu Gillard como um "homem humilde que sempre tentou ajudar os outros". Segundo o periódico, ele queria que aqueles que desejavam homenageá-lo fizessem doações para a ONG Médicos sem Fronteiras, sua organização de caridade favorita.
"Ele morreu como viveu e doou seu corpo para a ciência, pedindo que não seja celebrado um funeral formal", destacou a nota. John Gillard e a esposa, Moira, se mudaram de Gales para a Austrália em 1966, levando com eles a filha pequena que se tornaria a primeira mulher a ocupar o posto de premier no novo país.
Julia Gillard não se manifestou publicamente desde a morte do pai, mas publicou um comunicado descrevendo-o como uma fonte de inspiração, sempre determinado em dar a ela a educação que lhe faltou.
O secretário do Tesouro Wayne Swan, que assumiu como primeiro-ministro na ausência de Gillard, disse que ela deverá permanecer afastada do trabalho até, pelo menos, o final desta semana.