A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Caso Cachoeira pediu ao Poder Judiciário de Goiás que providencie o sequestro de bens de 29 pessoas e empresas investigadas e a captura preventiva dos passaportes dos envolvidos com o contraventor Carlos Augusto Ramos.
A lista dos nomes atingidos pela petição e os bens foram divulgados nesta terça-feira (18.9) pela presidência da CPI. O pedido foi feito ao Ministério Público de Goiás depois de reportagem publicada pelo jornal Correio Brazilienze nos dias 16 e 17 de setembro dando notícia de que parte dos investigados estaria vendendo seus bens e preparando para fugir do país.
Entre os bens citados no pedido, constam a fazenda Gama, de propriedade da esposa de Cachoeira, Andressa Mendonça, avaliada em R$ 20 milhões e que se localiza em região nobre do Distrito Federal. A maioria dos bens se localiza no Estado de Goiás e inclui salas comerciais, terrenos, fazendas, casas e apartamentos de luxo.
Segundo a petição, um dos envolvidos, Arnaldo Rúbio Júnior, que foi um dos fornecedores de máquinas caça-niqueis a Carlinhos Cachoeira, possui 16 apartamentos no valor de R$ 450 mil cada um, além de dois outros apartamento de R$ 300 mil cada e outro de R$ 1 milhão. O total de seus bens chegam a R$ 12,2 milhões.
De acordo com o presidente da CPI, senador Vital do Rego Filho (PMDB-PB), os bens adquiridos de forma ilícita pela organização criminosa, através do exercício de suas atividades espúrias, "fomentam a estrutura criminosa e, até então, serviam de deleite, entretanto, com a atuação das autoridades competentes, a organização está sendo coagida a se desfazer dos mesmos de forma rápida, o que exige celeridade das medidas a serem adotadas".