Os cerca de 2.000 passageiros de um cruzeiro que estavam isolados dentro da embarcação, em quarentena, desde a segunda-feira passada (25), foram autorizados a desembarcar hoje, na Austrália. O grupo foi isolado depois de algumas pessoas terem apresentado sintomas de gripe suína, a gripe A (H1N1).
"Se era pra ficar de quarentena, não podia imaginar um lugar melhor... fomos alimentados, as bebidas tinham o gosto de sempre, e os funcionários foram fantásticos", afirmou o passageiro David Geers a repórteres. "A maioria das pessoas se divertiu. Óbvio que todos ficaram tristes por perderem os outros portos, mas foi uma viagem fantástica."
Conforme as autoridades australianas, o cruzeiro, Pacific Dawn, passaria por diversos portos australianos, durante dez dias. No entanto, logo depois da saída de Sydney, diversas pessoas começaram a passar mal. No total, 46 passageiros e tripulantes foram testados por suspeitas de gripe suína, das quais três foram confirmadas.
Neste domingo (31), o chefe do setor médico do Estado australiano de Nova Gales do Sul, Kerry Chant, embarcou e verificou a saúde de todos a bordo. Em nota, ele confirmou que o grupo liberado nesta segunda-feira passa bem e não precisará de mais quarentena.
Há, ao todo, 306 casos confirmados de gripe suína na Austrália, de acordo com o governo. Para a OMS (Organização Mundial de Saúde), há 297. Em todo o mundo, ainda conforme a OMS, há 17.410 casos e 115 mortes confirmados.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
