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Domingo, 19 de maio de 2024

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MPF abre ação ambiental de R$ 2,1 bi contra 21 empresas

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou hoje com uma ação civil pública ambiental bilionária contra 21 empresas da cadeia da pecuária e frigoríficos, com acusação de responsabilidade pela devastação de 157 mil hectares de floresta amazônica no sul do Pará para criação e venda de gado, cobrando delas uma indenização de R$ 2,1 bilhões por danos ambientais.

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou hoje com uma ação civil pública ambiental bilionária contra 21 empresas da cadeia da pecuária e frigoríficos, com acusação de responsabilidade pela devastação de 157 mil hectares de floresta amazônica no sul do Pará para criação e venda de gado, cobrando delas uma indenização de R$ 2,1 bilhões por danos ambientais. Outras 69 empresas que compraram os subprodutos dos frigoríficos, como Carrefour, Wal Mart, Bompreço e Pão de Açúcar, receberam notificações em que são informadas oficialmente da compra de insumos obtidos com desmatamento ilegal.


Entre os frigoríficos processados está um dos maiores do Brasil, a Bertin S.A, que segundo o MPF comprou gado de fazendas multadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de uma fazenda localizada dentro de uma reserva indígena. Entre as propriedades irregulares, nove pertencem a agropecuária Santa Bárbara, da empresária Verônica Dantas Rodenburg, irmã do presidente do Grupo Opportunity, Daniel Dantas.

O procurador da República Daniel César Avelino, responsável pelos processos, disse que um levantamento inédito, feito pelo MPF e pelo Ibama, conseguiu rastrear as empresas da cadeia da pecuária que contribuem para a devastação na Amazônia. Pela primeira vez, uma pesquisa nos registros de compra e venda de bois conseguiu comprovar quem comercializa os rebanhos criados em áreas desmatadas ilegalmente.

"O trabalho mapeia desde a fazenda que engorda o gado em pastagens ilegais, passando pelo frigorífico que abate, processa e revende subprodutos bovinos, chegando até as indústrias de materiais de limpeza, de calçados, de couros, de laticínios e supermercados que utilizam e comercializam os bois da devastação", explicou. As empresas que compraram dos frigoríficos foram advertidas de que, a partir da notificação, devem parar a aquisição dos produtos, ou passarão à condição de co-responsáveis pelos danos ambientais.

Os advogados das fazendas e frigoríficos processados não quiseram comentar a ação movida pelo MPF, alegando que ainda não receberam qualquer notificação. A assessoria jurídica do Grupo Santa Bárbara informou que prepara uma nota sobre o caso.
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