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Sábado, 20 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Pesquisas com células-tronco mudam forma de cuidar de saúde

Nada de dentaduras ou implantes. O que a medicina promete para um futuro próximo é uma terceira dentição. Um casal de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Silvio e Mônica Duailibi, desenvolveu dentes a partir de moldes biodegradáveis e células-tronco. Nos primeiros experimentos, feitos em ratos, os cientistas conseguiram criar dentes nos animais, o que inicia a possibilidade da terceira dentição em humanos.


A formação de um dente biológico exige duas etapas - a composição do dente e a estrutura que o suporta na mandíbula. Os pesquisadores conseguiram reproduzir essas estruturas e, com a ajuda de imagens de ressonância magnética e um programa de computador, definiram as dimensões do dente, que fica fiel ao tamanho e formato de um dente humano. Assim é possível reproduzir o incisivo, o molar, o pré-molar e o canino.

E o que isso muda na sua vida
Esse avanço ultrapassa as paredes da odontologia e possibilita visualizar uma medicina que trabalhe com a regeneração em vez da reparação. Isso quer dizer que em vez de recorrer a uma obturação em um dente com cárie, por exemplo, será possível recriar o esmalte e a dentina que foram danificados pela doença.

A ideia é que em um futuro próximo seja possível deixar de lado recursos sintéticos e fazer novamente os tecidos que foram danificados ou perdidos por trauma ou doença, com recursos biológicos naturais. “O governo americano sinaliza para 2020 o uso generalizado de órgãos feitos em laboratório”, exemplifica Duailibi.

Falando em odontologia, além de regenerar os dentes, será possível devolver a vitalidade do dente em um tratamento de canal, por exemplo, com a construção de uma nova polpa. No caso da periodontite, será possível recriar o tecido da gengiva. “Já conseguimos desenvolver alguns outros tecidos em laboratório”.

Mas os testes em humanos ainda vão demorar a acontecer, já que os cientistas precisam ter certeza de que as células implantadas não sofreram mutação ou se deslocarão do lugar e aparecerão de forma patológica no organismo. “O ideal é que as células doadas venham do próprio receptor, para evitar os problemas que já enfrentamos hoje em dia com os transplantes”, explica Duailibi.
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