O secretário Luis Henrique Daldegan, em entrevista ao Olhar Direto, contestou os resultados do relatório do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real, Deter, que divulgou hoje que Mato Grosso está no topo da lista dos desmatadores. Segundo Daldegan, esse resultado só foi apontado por conta da alta cobertura de nuvens nas outras regiões monitoradas.

O próprio Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Inpe, reconhece, ao divulgar o relatório do Deter, que a representatividade da análise é reduzida, por conta da grande presença de nuvens. Daldegan diz que Mato Grosso só foi apontado como responsável por 56% do desmatamento da Amazônia porque foi o Estado que apresentou menos cobertura de nuvens durante o monitoramento, portanto, foi o mais visto e, obviamente, o que computou mais espaço devastado.

O secretário acredita que resultados mais concretos poderão ser vistos no final do mês de julho, já que o ano do desmatamento é computado de agosto de um ano a agosto do ano seguinte. No período será divulgado o relatório do Prodes, uma metodologia do Inpe que apresenta precisão do georreferenciamento dos polígonos de desflorestamento.

Daldegan estima que o resultado do Prodes irá mostrar uma redução “extremamente significativa” nos números de Mato Grosso em relação ao ano passado, proveniente das ações que o Estado vem tomando para combater as derrubadas de floresta. “As nossas ações de combate ao desmatamento vem dando resultado sim”, afirma.

O secretário conta que o lançamento do programa Arco Verde, em parceria com o governo federal e com a presença do presidente Lula até o próximo mês, deverá fomentar ainda mais o combate ao desmatamento. Apesar do otimismo, Daldegan afirma que não pode “baixar a guarda”, pois quase todo o desmatamento que existe hoje no estado é fruto de ações ilegais.

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