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Quarta-feira, 18 de setembro de 2024

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Democratas e tucanas desidrataram politicamente em Cuiabá e Várzea Grande

Foto: Ilustração

Democratas e tucanas desidrataram politicamente em Cuiabá e Várzea Grande
O Democratas (DEM) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) tiveram desempenho eleitoral abaixo da história das siglas em Cuiabá e Várzea Grande e, mais uma vez, cederam espaços para concorrentes históricos. Nos dois principais colégios eleitorais de Mato Grosso, com candidatos majoritários, os dois partidos não conseguiram figurar entre as primeiras posições.


Um dos fatores do enxugamento eleitoral das siglas, de acordo com observadores e bastidores da política, é a falta de renovação de quadros e a incapacidade de apresentar projetos alternativos de poder para que amnbos os partidos possam ser alternativas ao PT e PMDB. Ou seja: não têm projetos para convencer o eleitorado mato-grossense.

É por isso que as duas siglas amargaram derrotas, como em Várzea Grande, e obtiveram o poder apenas em cidades de pouca expressão política. Em suma: desitrataram politicamente.

Em outro ponto, pesou contra o DEM a condenação do ex-senador Demósthenes Torres (DEM-GO), desencadeada pela sua ligação com o contraventor Carlinhos Cachoeira, o que originou uma CPI. Assim, os partidos descambam para o anonimato e por condução das suas lideranças, o DEM mato-grossense tende a se definhar.

Como consolo, o DEM elegeu 11 prefeitos (Alto Taquari, Gaúcha do Norte, Guarantã do Norte, Guiratinga, Nova Lacerda, Nova Maringá, Ponte Branca, Primavera do Leste, São José do Rio Claro, Terra Nova do Norte e Vila Rica). Já o PSDB elegeu quatro prefeituras (Araguaiana, Bom Jesus do Araguaia, Glória D’Oeste e Chapada dos Guimrarães).

As agremiações são aliadas em nível nacional desde a era Fernando Henrique Cardoso (FHC) – 1994 a 2002 – e opositoras ao governo Dilma Rousseff (PT).

Desempenho

Com a nova denominação, o DEM não conseguiu estrear no legislativo cuiabano, pois não elegeu nenhum vereador em Cuiabá e só três em Várzea Grande, onde já conquistou em outras épocas 7 de 13 vagas do legislativo com 2,0% a 3,5% dos votos válidos.

O último vereador eleito pela sigla na Capital foi Luiz Marinho (então no PFL), em 2004, com 5.531 votos (1,99% dos válidos) e justamente Guilherme Maluf (PFL), eleito pela média, com 4.499 votos (1,62% dos válidos).

Em 2000 o DEM em Cuiabá elegeu o vereador Yuri Bastos (PFL), com 2.357 votos, na média, com 0,94% dos votos válidos. Na ocasião, o atual presidente da sigla em Cuiabá, Leonardo Leão, ficou como primeiro suplente.

Na capital, os partidos estavam juntos, com o tucano Guilherme Maluf na cabeça de chapa e o demista João Celestino como companheiro de empreitada das urnas. Maluf ficou em terceiro lugar, atrás do Procurador Mauro César Lara Barros (PSOL), de longe sem muita estrutura de mobilização e apoios tidos como forte. Maluf teve 14.323 votos (4,59% dos válidos), na quarta posição entre seis candidatos.

O DEM saiu com chapa própria e só figurou na 45ª posição com o novato Gian Castrillon com 1.859 votos, seguido do ex-secretário de saúde de Cuiabá, ex-deputado estadual constituinte e ex-vice-prefeito da Capital, Luiz Soares, com 1.755 votos. Os dois eram tidos como puxadores de votos para eleger pelo menos uma vaga, segundo contas partidárias internas. O PSDB ainda tem como atenuante o fato de ter levado ao poder na última eleição o ex-prefeito Wilson Santos.

Várzea Grande

Em Várzea Grande, a força de dois ex-governadores, atualmente parlamentares, os irmãos Júlio e Jayme Campos, ambos do DEM, respectivamente deputado federal e senador, não foi suficiente para catapultar a candidatura da ex-primeira-dama do Estado e do município, a esposa do senador Jayme, Lucimar Campos, filiada ao partido. O DEM teve “apoio” do PSDB na aliança.

Aliás, Lucimar igualou-se ao número de votos do esposo há 16 anos. Em 1996, soberano, Jayme teve 44.473 votos (60,88% dos válidos), eleito pela segunda vez prefeito da cidade.

A candidata dos irmãos Campos perdeu a eleição domingo para Walace Guimarães (PMDB), por 47.338 votos (35,14% dos válidos) contra 44.286 (32,87% dos válidos).

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