Funcionários do Banco do Brasil de Cuiabá, da Plataforma do Centro de Suporte Operacional (CSO), paralisaram as atividades hoje pela manhã, na tentativa de impedir a exclusão do setor na capital, e a transferência de 95 famílias para o Distrito Federal (DF). Conforme determinação da diretoria central, a concessão de crédito passará a ser feita na capital federal. Os funcionários alegam que haverá aumento do período entre a condução das propostas como o tempo de resposta.

O setor é responsável pelo cadastro, fiscalização, estudo de operações de crédito rural e urbano. Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários no Estado (SEEB-MT), Arilson da Silva, somente no último ano, mais de 45 análises de créditos foram feitas em Cuiabá, justificando a grande demanda local.

Apesar de ter recebido a comunicação sobre a transferência há 10 dias, o presidente alega que não há explicações econômicas que possa justificar o fechamento do setor. A informação é de que eles teriam até o mês de dezembro para a transferência.

“As famílias estão preocupadas com a situação, pois são os primeiros a serem atingidos. Não há motivos para a transferência”, disse o funcionário Alex Rodrigues, que está na lista da transferência. Os funcionários fizeram um protesto em frente a Superintêndência do Banco do Brasil, nesta quarta-feira. Com faixas, e até utilizaram abacaxis, que ficaram espalhados pelo chão, para a chamar à atenção alegando que " a diretoria quer jogar o abacaxi nas mãos dos cuiabanos".

Com a mudança, os processos relacionados à análise e liberação de crédito relativos a Mato Grosso e Rondônia deverão obedecer uma lista nacional à espera de análise.