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Terça-feira, 06 de agosto de 2024

Notícias | Economia

Bovespa desaba 4,14% e volta aos 51 mil pontos; dólar marca R$ 1,97

O investidor redobra a cautela, num dia de indicadores ruins nos EUA e na Europa, e tendo pela frente uma agenda econômica ainda mais influente até sexta. Enquanto a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) desaba nesta quarta-feira, o dólar tem um forte repique após oito dias de queda e atinge R$ 1,97. Nos EUA, o tom dos negócios também é negativo.


O Ibovespa, indicador que reflete os preços das ações mais negociadas, retrocede 4,14%, aos 51.765 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,86 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York perde 1,09%.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,970, em um aumento de 2,39% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 290 pontos, número 3,20% acima da pontuação anterior.

Entre as principais notícias do dia, o Eurostat (órgão estatístico da União Europeia) revelou que o PIB (Produto Interno Bruto) total da zona do euro --grupo de 16 países que usa o euro como moeda única- teve uma retração histórica : uma queda de 2,5% no primeiro trimestre de 2009 ante o quarto trimestre do ano passado, a maior desde 1999 (início da série histórica).

Nos EUA, a consultoria privada ADP apontou que foram perdidos 532 mil postos de trabalho no setor privado em maio. A projeção da ADP ganha importância porque é vista como um adiantamento do evento mais importante da agenda econômica desta semana: o boletim do Departamento de Trabalho dos EUA sobre desemprego e abertura de vagas, na sexta-feira.

Outra entidade privada, o ISM (Instituto de Gestão de Fornecimento, na sigla em inglês), revelou uma melhora do nível de atividade do setor de serviços entre abril e maio. A pesquisa dessa entidade, no entanto, indica que essa área da economia ainda está em contração.

O Departamento de Comércio dos EUA informou um crescimento de 0,7% no volume de encomendas às indústrias em abril, abaixo do esperado por economistas do setor financeiro.

O presidente do Federal Reserve (o Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, mostrou preocupação com o tamanho do déficit público americano e pediu empenho da Casa Branca para resolver o problema fiscal. Segundo ele, a falta de equilíbrio das contas públicas pode erodir a confiança dos mercados.

No front doméstico, o presidente do BC brasileiro, Henrique Meirelles, disse que a entrada de recurso estrangeiros na Bolsa de Valores "é porque os investidores internacionais apostam que o país vai sair mais forte da crise. Não existe investimento mais forte em Bolsa de Valores se há previsão de que a economia vai entrar em recessão mais prolongada".
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