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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Barcos brilha, Palmeiras vence o Cruzeiro e resiste à ameaça de queda

Aos 42 minutos do segundo tempo, quando foi substituído por Tiago Real, o atacante Hernán Barcos, do Palmeiras, deixou o gramado da Arena da Fonte Luminosa ovacionado. Não era para menos. Graças a seus dois gols, o Verdão venceu o Cruzeiro, por 2 a 0, neste sábado, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, e respira na luta para escapar do rebaixamento. Os dois gols saíram na trave onde, antes da partida, um funcionário do Palmeiras derramou punhados de sal grosso. Na luta contra a queda, vale tudo.


Com 32 pontos, o time do Palestra Itália segue no Z-4, em 17º lugar, mas diminuiu a diferença para o Bahia, primeira equipe acima da linha vermelha, que empatou com o Corinthians, por 1 a 1, no Pacaembu, e continua com 36.

O Cruzeiro, por sua vez, não tem muito mais o que fazer na competição. Com 43 pontos, a Raposa está em nono lugar. Por enquanto. O time ainda pode ser ultrapassado por Santos e Coritiba neste domingo. A equipe de Celso Roth já pensa na próxima temporada.

O Verdão volta a campo no próximo domingo, para enfrentar o Internacional, em Porto Alegre. A Raposa buscará a reabilitação diante da Ponte Preta, em Campinas, na próxima quinta-feira.

Sal grosso
A necessidade de vitória fez com que Palmeiras e Cruzeiro fizessem um jogo aberto na etapa inicial. O Verdão repetiu o esquema que tinha dado certo na vitória contra o Bahia, quarta-feira passada, com Barcos, Luan e Betinho formando trio ofensivo. Do lado mineiro, Celso Roth apostou num meio de campo marcador, com três volantes, deixando a armação para Souza e Martinuccio, com Anselmo Ramon mais à frente, como referência no ataque. Os dois times foram à frente, se aproximaram da área adversária, mas não foram competentes na hora de finalizar as jogadas. Por isso o 0 a 0 parcial.

A torcida do Palmeiras fazia sua parte nas arquibancadas. O estádio não estava lotado, mas parecia um caldeirão, tamanha a participação da galera alviverde. O time se empolgou e jogou com disposição, mas sem ousadia. Apenas Barcos apresentava alguma lucidez, puxando contra-ataques, armando jogadas, arriscando. Marcos Assunção atuava no sacrifício. Sentindo dores, ele tinha muitas dificuldades. Ainda assim, levava perigo em sua especialidade: as cobranças de falta.

Aos 16, o volante bateu na direção do goleiro Fábio, que se atrapalhou com efeito da bola e rebateu. Barcos só não marcou porque a defesa mineira cortou em cima da hora. Assunção também criou a única boa jogada da equipe alviverde com bola rolando na etapa inicial. Aos 34, ele deu bom passe para Betinho, que escorregou na hora de finalizar.

Já o Cruzeiro tinha espaços para atacar. Souza jogava solto no meio. Em dois lances, ele chegou com a bola dominada até a entrada da área, mas falhou no momento das finalizações. Quando conseguiu concluir as jogadas, o time mineiro parou em Bruno. Primeiro aos 20, com Anselmo Ramon batendo cruzado e exigindo boa intervenção do goleiro palmeirense. Depois aos 35, novamente com Anselmo, que recebeu de Martinuccio e chutou cruzado, rasteiro. O camisa 1 fez ótima defesa.

Embora continuasse com sérios problemas de criação na frente, o Palmeiras voltou melhor para o segundo tempo. Com marcação mais sólida, o time alviverde passou a atuar mais compactado e tirou espaço do Cruzeiro, que passou a errar muitos passes.

Grande Pirata
Apesar da melhora, o Palmeiras seguia sem conseguir chegar ao gol adversário. Aos 13, Gilson Kleina resolveu agir. Sacou Betinho e colocou Wesley, que voltou a disputar uma partida oficial após seis meses. Recuperado de lesão grave no joelho, o meia deixou o Verdão mais agressivo. Em seu primeiro lance, aos 16, ele invadiu a área e, de pé esquerdo, exigiu boa defesa de Fábio. Seria um belo gol. Aos 21, finalmente, o Verdão soltou o grito. Uma jogada manjada, mas mortal. Falta de Marcos Assunção na cabeça de Barcos: 1 a 0.

O gol aliviou a equipe alviverde, que passou a trocar passes com mais tranquilidade. O Cruzeiro, por sua vez, tinha sérios problemas de articulação. Parece ter sentido o gol sofrido. Celso Roth fez modificações (Borges no lugar de Martinuccio e Élber na vaga de Souza), mas não conseguiu fazer a Raposa crescer. Pelo contrário: o ataque era inoperante, e a defesa começou a dar pane.

Aos 31, o golpe de misericórdia. Obina, que havia entrado no lugar de Luan, recebeu na entrada da área e, mesmo bem marcado, conseguiu encontrar Barcos, na esquerda. E aí o Pirata resolveu em grande estilo: dominou, tirou a marcação do caminho e, com um leve toque de esquerda, jogou a bola por cima de Fábio. Belo gol.

Ao final da partida, os palmeirenses se reuniram no meio de campo e se abraçaram. A esperança alviverde segue viva. Já o Cruzeiro apenas cumpirá tabela daqui para frente.
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