Estudo realizado por cientistas em camundongos revelou que animais com peso em excesso estabilizado por um longo tempo tem chance de emagrecimento praticamente nula. A investigação foi publicada nesta quarta-feira (24) na publicação “Journal of Clinical Investigation”.
A pesquisa, feia em parceria pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e pelo Conselho Nacional de Pesquisa da Argentina, lança uma luz sobre uma das frustrações sentidas por quem faz regime: o inevitável retorno dos quilos “perdidos”.
Segundo o estudo, ao longo do tempo a condição “obesa” dos camundongos se tornou normal, ou seja, permanente, mesmo com a aplicação de dietas que contribuíram para a redução de poucos peso.
O modelo científico desenvolvido para o estudo sobre obesidade ressalta a importância de prevenir a obesidade na infância, já que os efeitos podem durar a vida toda. A obesidade afeta mais de 500 milhões de adultos e 43 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade em todo o mundo. Doenças relacionadas estão entre as que mais matam pessoas atualmente.
Alerta após o desmame
Durante os testes feitos com camundongos, foi observada perda de peso em diferentes fases e idades, a partir da ativação de um interruptor genético para controle da fome (que, se comparado com um humano, seria como a aplicação de uma alimentação de baixa caloria).
Segundo o estudo, essa ativação feita imediatamente após o desmame impediu que as cobaias se alimentassem em excesso. Isso fez com que os camundongos mantivessem um peso saudável enquanto jovens e adultos.
Já os animais que tiveram uma obesidade na fase inicial da vida nunca alcançaram um peso normal depois de acionar o interruptor genético, apesar de uma acentuada redução na ingestão de alimentos e aumento da atividade física.
As descobertas podem levantar questões sobre o sucesso a longo prazo de regimes e dietas, além de exercício pesado voltado para o emagrecimento.