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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Irregularidade após intervalo marca desempenho do Verdão fora de casa

Irregularidade. Esta é a palavra que pode definir as atuações do Palmeiras em duas das últimas três vezes que jogou fora de casa no Campeonato Brasileiro. Sábado, contra o Internacional, era a chance do Verdão mostrar que a atuação segura da vitória por 1 a 0 sobre o Bahia, há onze dias, em Salvador, seria a regra do time enquanto visitante para o desenrolar da competição. Acabou, porém, concluindo-se que o desempenho visto no Pituaçu fora mesmo a exceção.


Assim como na derrota por 1 a 0 para o Náutico, há duas semanas, nos Aflitos, o Alviverde retornou do intervalo no Beira-Rio sem dar sequência à boa atuação registrada no primeiro tempo. O resultado no Rio Grande do Sul não foi muito diferente do presenciado em Pernambuco: derrota paulista, agora por 2 a 1.

Nem sempre uma boa atuação é acompanhada do resultado positivo. Contra o Náutico, por exemplo, o Palmeiras dominou o primeiro tempo, teve boas chances e sufocou o rival – especialmente nos primeiros movimentos do jogo – mas foi para o intervalo atrás no marcador, graças a um gol de Kieza, na única investida ofensiva do Timbu até então.

Em Porto Alegre, o "deja-vu" só não foi tão semelhante porque o Verdão não encerrou os 45 minutos iniciais com a igualdade no placar. Tal qual nos Aflitos, o Alviverde postou-se taticamente bem no primeiro tempo. O cerco aos homens de criação do Inter (exceto pela direita, por onde Artur ainda encontrava dificuldades para segurar os avanços de Fred e Guiñazu) e a eficiência na marcação - foram 19 desarmes, contra quatro do Colorado - foram decisivos e premiados com o gol de Luan. Fred até empatou mais adiante, mas o time paulista foi para os vestiários como melhor em campo.

No segundo tempo, contudo, repetiu-se no Beira-Rio o "filme" presenciado pelos torcedores palmeirenses nos Aflitos. No Recife, o Palmeiras retornou do intervalo sem o ímpeto ofensivo de outrora e com a marcação afrouxada em comparação com a etapa inicial. Em Porto Alegre, quase um replay: o time alviverde "parou" de jogar e viu o adversário tornar-se o senhor da partida.
Ficamos esperando o Inter jogar, não sei por quê. Só quando tomamos o gol é que o time saiu"
Gilson Kleina,
técnico do Palmeiras

A diferença é que se contra o Náutico o Verdão acabou não sendo mais vazado (embora tenha sofrido com as próprias limitações e o nervosismo pela má fase), no Beira Rio o time de Gilson Kleina pagou a queda de produção da primeira metade do segundo tempo com a virada colorada, de Rafael Moura. À medida que a partida aproximou-se do fim, o Palmeiras até retomou parte das forças da etapa inicial e partiu para o abafa. Tarde demais.

– Começamos bem o jogo (em Porto Alegre). A equipe do Inter se movimenta muito, com D'Alessandro, Fred e o Forlan. No começo, estávamos errando ao acompanhá-los individualmente, porque isso abria espaço a eles. Quando nos posicionamos, tivemos duas, três boas chances. Chegamos ao gol e ainda tivemos faltas perigosas para o Marcos Assunção cobrar – analisou Kleina.

– No segundo tempo, era para termos avançado a marcação e jogar mais no campo deles, mas não estávamos conseguindo. Ficamos esperando o Inter jogar, não sei por quê. Só quando tomamos o gol é que o time saiu (para frente).

O Palmeiras faz mais dois jogos como visitante no Brasileirão. Na 36ª rodada, enfrenta o Flamengo, no Engenhão. Já na 38ª, faz clássico com o Santos, na Vila Belmiro. São as duas últimas chances para o Verdão, enfim, adquirir a regularidade necessária para jogar longe de casa. Não só para melhorar os números na estatística (o Alviverde é quem mais perdeu como visitante, com 13 derrotas), mas também porque a tabela e a matemática não são amigáveis. Passadas 33 rodadas, o time do Palestra Itália é o 18º com 32 pontos – a cinco do Bahia, primeiro clube fora da zona de rebaixamento.
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