O corpo do índio que estava desaparecido após confronto entre agentes da Polícia Federal e indígenas de uma aldeia, localizada na região da cidade de Alta Floresta (800 km de Cuiabá), foi encontrado no final da manhã desta quinta-feira (08).

O índio da etnia Mundurukú, de 30 anos, teria sido atingido por disparos de arma de fogo efetuado por agentes federais, de acordo com o pai do desaparecido. As informações foram repassadas pelo coordenador da Fundação Nacional do Índio (Funai) da região, Clóvis Nunes. “O pai do rapaz falou que viu quando ele caiu no Rio”, disse Nunes. 

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De acordo com Nunes, 17 lideranças indígenas estão na Polícia Federal de Sinop prestando depoimento. Eles foram acompanhados de um funcionário da Funai. "Era para ir um promotor também, mas não ia dar tempo. A Funai de Brasília achou melhor eles irem assim mesmo, só com o servidor".

Além dele, outros dois índios ficaram feridos durante o confronto. Eles foram levados para o hospital de Alta Floresta, mas precisaram ser transferidos para o Pronto-Socorro de Cuiabá. Um está em estado grave e corre o risco de ter o braço amputado

Pelo menos dois agentes da Polícia Federal também ficaram feridos no confronto, mas receberam atendimento no próprio local. O estado de saúde dos policiais não foi informado.

O confronto aconteceu durante cumprimento de mandado de prisão da Operação Eldorado, iniciada na última terça-feira (06) em Mato Grosso e outros sete Estados. Os agentes federais estiveram na aldeia para destruir dragas que eram utilizadas para extrair ouro de forma ilegal.

Cerca de 300 agentes federais desarticulam uma organização criminosa de extração ilegal de ouro que promovia a comercialização no Sistema Financeiro Nacional. Entre os presos estavam agentes públicos e empresários.

Atualizada às 12h04