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Domingo, 26 de maio de 2024

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Rede de supermercado é exemplo de sustentabilidade na prática

Foto: www.badaueonline.com.br

Rede de supermercado é exemplo de sustentabilidade na prática
Uma das grandes discussões do século 21 é a sustentabilidade do planeta. No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho,o assunto ganha força e ocupa grande parte do noticiário do mundo. Documentários, reportagens, programas de governo, iniciativa privada, comunidade, ongs, todos falam em economia sustentável, preservação ambiental e consumo consciente. Mas até que ponto o comportamento sustentável é realmente uma realidade nas empresas?


Em entrevista à rede Globo, a coordenadora adjunta do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rachel Biderman, explica que hoje as empresas investem em programas sustentáveis não mais pelo marketing, mas sim pela nova economia que é baseada em energia limpa (solar, eólica, das marés, biogás, biocombustíveis) e num processo produtivo que leva em consideração a reutilização de materiais.

As empresas estão se conscientizando da importância dos projetos de sustentabilidade para o seu próprio negócio e não mais como filantropia, melhorando sua imagem no mercado e, assim, conquistando novos consumidores. Em Mato Grosso o movimento em direção à sustentabilidade ainda é considerado tímido, embora algumas empresas tenham se destacado com alguns projetos, inclusive, ganhando visibilidade nacional, como o Grupo Modelo, maior varejista do Estado e pioneiro em assumir um posicionamento sócio-ecológico.

São mais de 10 projetos desenvolvidos só na área ambiental, por meio do Programa Modelo Responsável, que apóia e desenvolve mais de 20 ações de responsabilidade socioambiental e utiliza recursos próprios para isso. Em 2008, o Modelo foi classificado em primeiro lugar na gestão responsabilidade social entre as empresas do segmento Varejo do Brasil no anuário "As Melhores da Dinheiro", divulgado pela revista “IstoÉ Dinheiro”.

“Nós acreditamos que uma empresa socialmente responsável não é aquela que faz doações ou filantropia, e sim aquela que busca o equilíbrio entre os aspectos econômico, ambiental e social para chegar à sustentabilidade. Procuramos cuidar dos nossos resíduos, estabelecer relações comerciais com fornecedores que incorporaram, assim como nós, um posicionamento sócio-ecológico. Essa é a forma de demonstrar nosso envolvimento e compromisso com o desenvolvimento integral e sustentado das cidades e do Estado onde atuamos, explica o presidente do Grupo Modelo, Altevir Magalhães.

Sacolas que não agridem a natureza

Além de utilizar papel reciclado em sua linha de suprimentos, todo papel, papelão e plástico do Grupo são destinados à reciclagem. As sacolas de compras convencionais foram substituídas pelas oxi-biodegradáveis, que são constituídas pela resina d2w que quebra as moléculas do plástico e promove a aceleração da decomposição do material pela atuação da temperatura do sol, do vento e de outras variáveis naturais. Elas se desintegram num período de 6 a 18 meses, enquanto o plástico comum demora até 400 anos para se decompor totalmente. Só as lojas Modelo consomem 50 milhões de sacolas por ano, sendo quatro milhões por mês.

E ainda existe a opção das sacolas retornáveis, uma alternativa prática e ecologicamente correta para os consumidores embalarem suas compras. As peças são produzidas pelas fiandeiras da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OCIP) Mato Forte, que utilizam embalagens originais dos produtos comercializados pelo próprio supermercado, como sacos de laranja, batata, cebola, açúcar, entre outros, e depois são comercializadas no Modelo.

O que fazer com os resíduos?

Cuidar dos resíduos ainda é um desafio para as grandes empresas, muitas vezes estão dispostas a dar um destino certo aos seus resíduos que podem ser reaproveitados, porém não encontram uma forma viável para fazê-lo. Uma boa alternativa para muitos é a parceria com o SESC Mato Grosso, por meio do Programa Mesa Brasil. É para este projeto que o Modelo, desde 2003, destina suas sobras de frutas e verduras que perderam valor comercial, mas continuam em bom estado para consumo. Somente no segundo semestre de 2008 mais de 148 mil pessoas foram beneficiadas em todo o Estado.

Só os restaurantes, lanchonetes e refeitórios do Grupo utilizam 7.080 litros/mês de óleo de cozinha, já os açougues somam um total de 11.480 Kg/mês de sebo e restos de carne por mês, todo esse resíduo é destinado ao reaproveitamento e transformação em biocombustível.

Mas o que fazer com os resíduos orgânicos? O diretor de Recursos Humanos do Modelo, Aldecir Magalhães, explica que essa sempre foi uma preocupação, e após muita pesquisa, finalmente foi encontrada uma saída que além de não poluir, leva renda a comunidade carente. Numa parceria com o Espaço Vitória, do Instituto Centro de Vida, foi criado o projeto “Conexão Cheiro Verde”, em que os resíduos oriundos dos restaurantes, refeitórios e da seção de Frutas, Verduras e Legumes (FLV) das lojas Modelo Hiper Santa Rosa e Modelo Pantanal Shopping são recolhidos e depois transformados em composto orgânico para a produção de hortaliças.

O Modelo também fica responsável pelo fornecimento de bombonas e transporte até o local do projeto. O Espaço Vitória fica encarregado pelo pessoal necessário para desenvolver o processo e a área para compostagem. A previsão é que até dezembro deste ano o projeto atinja todas as lojas de Cuiabá e Várzea Grande. Ao todo são diretamente beneficiadas 25 famílias que integram o conjunto de ações sócio-educativas do projeto Espaço Vitória.

Comércio Justo

A prática do “comércio justo e solidário” tem sido adotada por muitas empresas em todo mundo, pois além de garantir um canal de comércio eficiente ao pequeno produtor e um preço justo por sua safra, também adotam critérios de sustentabilidade, como respeito ao meio ambiente e ausência de trabalho escravo ou infantil. O sistema cresce em torno de 20% ao ano no mundo. Em 2005, chegou a um faturamento estimado no varejo em torno R$ 2,9 bilhões. Nesse mesmo ano, o Comércio Justo certificado beneficiou aproximadamente um milhão de agricultores e trabalhadores em mais de 50 países. Os dados são de um estudo inédito sobre o Comércio Justo e Solidário realizado pelo Sebrae em 2007.

Uma das formas que o Modelo encontrou para fomentar o comércio justo em seu negócio, foi a criação do projeto Produto do Mato Grosso, que viabiliza a comercialização de mais de 200 produtos locais, fabricados, transformados, manufaturados ou produzidos na região, todos intermediados através de 40 fornecedores.

Fazem parte dos Produtos do MT nas lojas Modelo: pães, panetones, biscoitos, vinho, milho para pipoca, arroz, mel, farinha, alho, salame, esponja natural, detergente, amaciante, vassoura, água sanitária, entre outros. Praticamente 100% da carne revendida pela rede e os produtos do laticínio são da região. Para facilitar a identificação desses produtos pelo consumidor, o Modelo criou o selo “Produto do Mato Grosso”. Com a criação do selo de qualidade, a Grupo incentiva o comércio desses produtos, dando suporte para que adquiram um padrão de qualidade, permitindo assim sua competitividade no mercado.

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